Campinas Abandona Piscinão e Investe em Reservatório Subterrâneo Contra Enchentes
Campinas substitui piscinão por reservatório subterrâneo

Parece que Campinas finalmente encontrou uma solução mais inteligente para aquelas enchentes que teimam em transformar ruas em rios. A prefeitura decidiu dar um basta no projeto do famigerado piscinão da Avenida Norte-Sul e partiu para algo bem mais moderno: um reservatório subterrâneo.

E olha, a mudança é radical. Em vez daquele tanque enorme tomando espaço na superfície — que sempre gerou polêmica entre os moradores — a água das chuvas vai ser capturada e armazenada debaixo da terra. Uma ideia que, francamente, parece muito mais esperta.

Do piscinão ao subterrâneo: uma revolução silenciosa

A verdade é que o piscinão da Norte-Sul já nasceu com problemas. Desde 2019, quando foi proposto, o projeto enfrentava resistência por causa do impacto na região. Imagina um tanque de 25 mil metros quadrados no meio da cidade? Pois é.

O novo reservatório subterrâneo promete resolver o mesmo problema — armazenar 55 mil m³ de água — mas de forma praticamente invisível. A água da chuva será captada por galerias e direcionada para esse "segredo" escondido sob nossos pés.

Como essa mágica funciona?

Pense num sistema inteligente que age antes mesmo da enchente se formar. Quando as chuvas começam, as galerias já estão trabalhando, captando a água e levando para o reservatório subterrâneo. Lá, ela fica armazenada até poder ser liberada gradualmente para o ribeirão Anhumas, sem causar aqueles transtornos que todo campineiro conhece tão bem.

É quase como dar um tempo para a natureza processar toda aquela água de uma vez só. Genial, não?

Mais do que uma obra, uma mudança de mentalidade

O que mais me impressiona nesse projeto é que ele representa uma quebra de paradigma. Em vez de soluções gigantescas e impactantes, estamos migrando para tecnologias discretas e eficientes. Algo que, convenhamos, combina muito mais com os desafios das cidades modernas.

E os benefícios são múltiplos:

  • Ocupação mínima do espaço urbano superficial
  • Menor impacto visual e ambiental
  • Mesma capacidade de armazenamento do piscinão
  • Integração com o sistema existente de drenagem

Dá até para dizer que é uma solução elegante para um problema que sempre foi bastante desagradável.

E os prazos? Quando isso vira realidade?

A prefeitura já está com tudo encaminhado. O projeto executivo deve ficar pronto ainda em 2025, e a expectativa é que as obras comecem no ano que vem. Parece que finalmente vamos ver uma solução concreta para aqueles pontos críticos que sempre alagam na Norte-Sul, João Pioli e Doutor Salles Oliveira.

Enquanto isso, as intervenções emergenciais continuam — porque as chuvas, bem, elas não esperam ninguém.

Particularmente, acho que essa mudança de rumo mostra uma evolução importante no pensamento sobre infraestrutura urbana. Estamos aprendendo que as melhores soluções nem sempre são as mais visíveis. Às vezes, o que realmente resolve está bem debaixo do nosso nariz. Ou, nesse caso, debaixo dos nossos pés.