
Eis que a Justiça Federal no Amapá resolveu dar um ponto final — pelo menos temporário — numa situação que estava deixando muita gente de cabelo em pé. Na tarde desta sexta-feira (22), um desembargador simplesmente travou o processo seletivo que a UNIFAP tava realizando em Laranjal do Jari. E olha que a coisa não foi nada simples.
O que aconteceu? Bom, a 2ª Vara Federal de Macapá atendeu a um pedido do Ministério Público Federal (MPF) e simplesmente mandou parar tudo. Parar mesmo. A liminar foi concedida pelo desembargador João Batista Moreira, do TRF1, e a UNIFAP já foi notificada. Agora, a universidade tem que explicar direitinho porque insistiu num edital que, segundo o MPF, tinha uns probleminhas básicos de informação.
O cerne da questão
O MPF não tá brincando não. Eles alegam — e a Justiça concordou, pelo menos por enquanto — que o edital do processo seletivo era uma verdadeira caixa-preta. Faltavam informações cruciais sobre como seria a prova, os critérios de correção, os locais de aplicação… Uma falta de transparência que beira o inacreditável. Como é que candidatos vão se preparar pra uma prova sem saber nem como ela vai ser?
E tem mais: a seleção era só pra o campus de Laranjal do Jari, mas o edital não deixava claro quantas vagas estavam disponíveis nem como seria a distribuição entre ampla concorrência e cotas. Uma bagunça que, convenhamos, não deveria acontecer numa instituição federal de ensino.
Reação imediata
Assim que a decisão saiu, a UNIFAP emitiu uma nota — meio sem graça, diga-se de passagem — confirmando a suspensão. Eles disseram que "estão analisando os próximos passos", mas a verdade é que tão numa saia justa. O prazo pra se manifestar perante a Justiça é curto, e a pressão tá aumentando.
Os candidatos? Ah, esses tão numa sinuca de bico. Muita gente já tinha se inscrito, pagou taxa, se programou… E agora fica nesse limbo jurídico. Alguém duvida que vai ter processo por danos morais se isso não se resolver rápido?
O que me deixa pensando: como é que uma universidade federal comete um erro tão primário de transparência? Será que ninguém revisou o edital antes de publicar? Ou acharam que ninguém ia notar?
Enquanto isso, em Laranjal do Jari, a espera continua. Os sonhos de ingressar no ensino superior ficam suspensos, pendurados num fio de decisão judicial. E a UNIFAP? Bem, a UNIFAP que se explique.