
Não foi fácil, não. Quem encarou o Concurso Nacional Unificado neste domingo no Recife saiu dos locais de prova com uma sensação bem particular: a de ter enfrentado uma verdadeira maratona intelectual. E das pesadas.
"Parecia que não acabava nunca", me confessou uma candidata, ainda visivelmente abatida, enquanto esperava o ônibus. "Quando pensei que estava terminando, virava a página e tinha mais texto. Muito, muito texto."
O cansaço que falou mais alto
O que mais chamou atenção - e olha que a prova em si já era esperada - foi o nível de exaustão que tomou conta dos participantes. Não era só aquela fadiga normal de quem estudou meses. Era algo diferente, mais profundo.
"Cheguei em casa e simplesmente desabei", contou outro candidato pelas redes sociais. "Minha cabeça doía de tanto ler. Parecia que tinha corrido uma meia-maratona, só que com o cérebro."
Estrutura da prova: onde está o problema?
Olha só como foi organizada essa jornada:
- Questões que demandavam não só conhecimento, mas paciência
- Textos longos demais - sério, dava pra sentir o cansaço só de olhar
- Um ritmo que não dava trégua, sem aqueles momentos de "respiro"
- O tempo, sempre aquele vilão, parecia correr mais rápido que o normal
Teve gente que comparou a experiência com "ler um livro técnico de uma só vez, sem pausas para água ou para esticar as pernas". Dá para imaginar?
O recado dos candidatos
O que fica claro é que a tal "prova acessível" prometida pelo governo talvez tenha pecado na dosagem. Acessibilidade não é só sobre conteúdo, mas também sobre como ele é apresentado. E nesse aspecto, parece que a balança pendeu para o lado do excesso.
"Se o objetivo era testar resistência, mandaram bem", ironizou um participante. "Agora, se era para avaliar conhecimento... bem, aí já é outra conversa."
Resta esperar pelos resultados e torcer para que o esforço - tanto o dos estudos quanto o físico de encarar tantas horas de prova - valha a pena. Enquanto isso, o Recife inteiro parece precisar de uma boa noite de sono.