Imagine você acordar na mesa de cirurgia e, poucas horas depois, estar sentado numa sala de prova, caneta na mão, concentrado como se nada tivesse acontecido. Pois é exatamente isso que fez um determinado candidato sergipano — e olha que a história é das boas.
O Concurso Nacional Unificado 2025, que rolou neste último fim de semana, já tinha tudo para ser mais um daqueles eventos cheios de nervosismo e expectativa. Mas a cena em Aracaju foi diferente. Enquanto a maioria dos concurseiros chegava com aquela ansiedade normal do grande dia, um deles trazia na bagagem algo a mais: pontos cirúrgicos fresquinhos e uma determinação que impressiona até os mais céticos.
"Não queria perder a chance"
O rapaz — que preferiu não se identificar — contou, com aquela voz ainda meio fraca de quem passou por procedimento médico, que a cirurgia foi mesmo necessária. "Mas eu não podia deixar essa oportunidade passar", disse ele, como se fosse a coisa mais natural do mundo enfrentar uma prova nacional horas depois de estar sob efeito de anestesia.
O que mais chama atenção não é apenas o fato em si, mas a naturalidade com que ele encarou a situação. Enquanto muita gente falta a provas por uma simples dor de cabeça, esse sergipano mostrou que quando a vontade fala mais alto, até os obstáculos de saúde viram detalhes.
Preparação contra tudo e contra todos
A verdade é que a jornada desse candidato já era digna de nota antes mesmo do imprevisto médico. Meses de estudo, noites em claro revisando conteúdo, aquele desespero saudável de quem quer garantir uma vaga no serviço público — e de repente, eis que a vida joga uma curva inesperada.
Mas sabe o que é mais interessante? Ele nem pensou duas vezes. "Já estava me preparando há tanto tempo... seria um desperdício terrível jogar tudo fora por causa disso", refletiu, com uma calma que contrastava com a situação incomum.
Os organizadores do certame, é claro, ficaram de olho. Montaram toda uma estrutura de apoio especial para garantir que ele pudesse fazer a prova sem colocar a recuperação em risco. Até a cadeira foi escolhida a dedo — mais confortável, é claro.
Lição de vida ou loucura?
Alguns poderiam chamar de teimosia. Outros, de coragem. Mas a verdade é que histórias como essa mostram como o ser humano é capaz de coisas extraordinárias quando está motivado por um objetivo claro.
O CNU 2025, que seleciona para cargos em diversos órgãos federais, já nasceu com essa pegada de acessibilidade — e casos como esse só reforçam como iniciativas assim são importantes. Quem sabe sua aprovação não vem justamente dessa força de vontade que impressionou tanta gente?
Enquanto aguarda o resultado, nosso herói anônimo segue se recuperando. E com uma certeza: fez tudo que estava ao seu alcance. O resto? Bom, o resto fica com a comissão organizadora — e com a torcida de todos que conhecem sua história.
