Produtora de Rondônia se destaca no maior prêmio de café do país
O cenário do café brasileiro ganhou novos protagonistas durante a Semana Internacional do Café 2025, realizada em Belo Horizonte (MG). Angélica Alexandrino Nicola, produtora do município de Seringueiras, em Rondônia, conquistou uma posição de destaque no Coffee Of The Year 2025, a maior premiação nacional do setor.
Conquista histórica para o robusta amazônico
O resultado, divulgado na sexta-feira (7), colocou a cafeicultora rondoniense no segundo lugar do pódio na competição que reúne os melhores cafés do Brasil desde 2012. A premiação tem como objetivo incentivar o desenvolvimento e aprimoramento da produção nacional, além de divulgar novas origens do café.
Produtores de todo o país enviaram amostras nas categorias arábica e canéfora (robusta), que passaram por rigorosa avaliação de especialistas licenciados pelo Coffee Quality Institute (CQI). Os Q-Graders e R-Graders foram responsáveis por analisar aroma, sabor e qualidade dos grãos.
As 180 melhores amostras - sendo 150 de arábica e 30 de canéfora - foram apresentadas nas tradicionais Salas de Cupping da feira, espaço onde são degustadas por profissionais e compradores do setor.
Mulheres se destacam no Florada Premiada
Rondônia continuou brilhando no concurso Florada Premiada, iniciativa que reconhece o trabalho feminino na produção de cafés especiais. Na categoria canéfora, o primeiro lugar ficou com Ângela Maria Coutinho Pessoa, também de Seringueiras (RO), enquanto o segundo lugar foi conquistado por Fabiana Souza Leal Sanabria, de Espigão D'Oeste (RO).
O Florada Premiada é uma das principais iniciativas do país voltadas à valorização dos cafés produzidos por mulheres, e tem impulsionado significativamente o crescimento da cafeicultura em Rondônia.
O estado se consolida cada vez mais pela produção do robusta amazônico de alta qualidade, reconhecido pelo sabor intenso e pelas práticas sustentáveis adotadas no cultivo. Esta conquista representa um marco importante para a cafeicultura da região Norte e demonstra o potencial do Brasil em produzir cafés especiais em diferentes biomas.