
Parece que nada segura o agronegócio sul-mato-grossense — nem mesmo tarifas pesadas ou greves. Julho foi um mês para entrar nos anais da história econômica do estado, com números que deixaram até os mais otimistas de queixo caído.
Enquanto o mundo discutia inflação e crise energética, os produtores daqui fizeram o que sabem melhor: colocar o Brasil no topo do mercado global de proteína animal. E olha que a coisa não foi fácil — os Estados Unidos aumentaram as barreiras comerciais, e alguns frigoríficos sequer funcionaram a pleno vapor.
Os números que impressionam
Quem diria? Mesmo com o cenário desfavorável, as exportações bateram a marca de... (prepare-se)... 25% acima do mesmo período do ano passado! Isso representa nada menos que US$ 150 milhões a mais no caixa do estado.
Os especialistas — aqueles que vivem de planilhas e projeções — estão coçando a cabeça. "Teoricamente, era para ter sido um mês ruim", admite um analista do setor, que preferiu não se identificar. Mas a realidade mostrou outra face.
O segredo do sucesso?
Parece que a diversificação foi a chave. Enquanto os EUA apertavam o cerco, outros mercados abriram as portas:
- China aumentou compras em 18%
- Oriente Médio surpreendeu com crescimento de 22%
- Até a União Europeia, conhecida por barreiras sanitárias rígidas, deu sua contribuição
Não foi sorte. Foi estratégia pura — e um tanto de teimosia típica do produtor rural brasileiro, que não desiste nunca.
Os obstáculos no caminho
Ah, mas não pense que foi um mar de rosas. A tal tarifa extra dos americanos — aquela que todo mundo temia — realmente doeu no bolso. Alguns cortes específicos chegaram a ficar 15% mais caros para os importadores.
E tem mais: pelo menos três grandes frigoríficos tiveram que reduzir produção por conta de... bem, vamos chamar de "problemas operacionais". Greve? Quem disse que foi greve?
Mas como diz o ditado: "Quando uma porta se fecha, o sul-mato-grossense abre um boiadeiro". Ou algo assim.
O futuro à vista
O que esperar para os próximos meses? Os ânimos estão cautelosamente animados. Se julho foi assim, imagina quando a temporada de alta realmente começar?
Claro, tem o elefante na sala — a economia global não está lá essas coisas. Mas se tem uma coisa que a história nos ensina é que o agronegócio brasileiro tem mais resilência que time de futebol em ano de Copa.
Enquanto isso, Mato Grosso do Sul pode comemorar — e muito. Afinal, recordes são feitos para serem quebrados... mas primeiro, para serem estabelecidos.