Funcionários de Fazenda em MG Suspeitos de Esquema Milionário com Furto de Gado: Polícia Investiga Compra de Imóveis de Luxo e Carros
Funcionários suspeitos de furto milionário de gado em MG

Imagine a cena: funcionários de uma fazenda aparentemente comuns, mas que de repente começam a exibir um padrão de vida que não combina nem um pouco com seus salários. Pois é exatamente isso que a Polícia Civil de Minas Gerais está investigando num caso que parece saído de um roteiro de cinema.

Dois homens, que trabalhavam numa propriedade rural em Patrocínio, no Alto Paranaíba, estão no centro de uma operação que revelou um esquema audacioso — para não dizer descarado. Eles são suspeitos de desviar nada menos que 350 cabeças de gado, num prejuízo que beira os impressionantes R$ 700 mil.

O que a polícia descobriu

A coisa toda começou a desmoronar quando o proprietário da fazenda notou algumas... digamos, inconsistências no rebanho. O cara foi esperto — contratou uma auditoria independente, daquelas que botam tudo na ponta do lápis. O resultado? Um rombo considerável no número de animais.

Mas aí vem a parte que parece roteiro de filme: enquanto o gado sumia, o patrimônio dos funcionários crescia numa velocidade que daria inveja a qualquer investidor do mercado financeiro. A polícia identificou que eles adquiriram:

  • Uma casa num bairro nobre de Patrocínio — e não era qualquer casinha simples
  • Dois carros zero quilômetro, desses que chamam atenção nas ruas
  • Duas motos novas em folha

Nada mal para quem vive de salário de funcionário rural, não é mesmo?

Como o esquema funcionava

O negócio era bem orquestrado, segundo as investigações. Os caras simplesmente vendiam o gado furtado para outros produtores da região — uma rede que se espalhava por pelo menos quatro cidades mineiras: Patrocínio, Perdizes, Iraí de Minas e Serra do Salitre.

Pensa na cara de pau: eles mesmos conduziam os animais até os compradores, como se fossem transações perfeitamente normais. O que ninguém sabia — ou pelo menos é o que se suspeita — é que aquilo tudo era gado roubado do próprio patrão.

E olha que o esquema não era de agora. A polícia acredita que a farra já durava algum tempo, o que explica o volume impressionante de animais desviados.

A operação policial

Na última segunda-feira, a coisa ficou séria. A Polícia Civil deflagrou uma operação específica para desmontar a quadrilha. Dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos — um no sítio onde um dos suspeitos mora, e outro na casa que ele adquiriu na cidade.

Os investigadores não mediram esforços para entender a dimensão do estrago. Eles estão analisando documentos, extratos bancários, contratos — qualquer coisa que possa mostrar de onde veio tanto dinheiro assim.

O delegado Emerson Rios, que coordena as investigações, foi direto ao ponto: "Estamos diante de indícios fortes de enriquecimento ilícito. O patrimônio adquirido não corresponde, nem de longe, à renda declarada pelos investigados".

E agora, o que vai acontecer?

Os dois funcionários já foram identificados e agora viram alvo de um inquérito que pode terminar muito mal para eles. As acusações são pesadas: furto qualificado e associação criminosa. Se condenados, podem pegar uma baita pena.

Enquanto isso, o caso serve como alerta para outros produtores rurais. Num setor onde a confiança muitas vezes fala mais alto que contratos formais, histórias como essa mostram que a vigilância precisa ser constante.

O que me deixa pensando: será que essa foi a primeira vez que tentaram a sorte? Ou será que existem outros casos parecidos por aí, ainda não descobertos? A verdade é que, no campo como na cidade, a tentação do dinheiro fácil continua fazendo vítimas — tanto entre quem rouba quanto entre quem é roubado.