Tarifas dos EUA não assustam frigoríficos brasileiros: entenda os motivos
Frigoríficos brasileiros resistem a tarifas dos EUA

Parece que o famoso "tarifão" dos Estados Unidos não vai tirar o sono dos grandes frigoríficos brasileiros. E não é por falta de aviso – o governo americano anunciou medidas que poderiam, em tese, deixar qualquer exportador de carne em pânico. Mas aí é que está: o Brasil não é qualquer um nesse jogo.

Quem acompanha o agronegócio sabe – tem coisas que parecem um bicho de sete cabeças no papel, mas na prática viram só mais um obstáculo a ser pulado. E os frigoríficos tupiniquins? Bem, eles já estão com a corda toda no pescoço há tempos.

Por que o impacto será menor?

Primeiro, vamos ao óbvio ululante: o Brasil não bota todos os ovos na mesma cesta. Enquanto os EUA são importantes, não são o único destino da nossa carne. A China, por exemplo, engole sozinha quase 40% das exportações – e olha que estamos falando de bilhões de dólares.

  • Diversificação de mercados: os grandes players já espalharam seus riscos
  • Custos competitivos: nossa produção ainda sai mais barata que a concorrência
  • Qualidade reconhecida: o selo brasileiro vale ouro no exterior

E tem mais – quem pensa que os frigoríficos ficaram de braços cruzados esperando a bomba estourar, tá muito enganado. Nos bastidores, os estrategistas já trabalhavam em planos B, C e D desde que os primeiros sinais apareceram.

O jogo das antecipações

Algumas empresas, espertas como raposas velhas, anteciparam embarques antes mesmo do anúncio oficial. Outras começaram a buscar novos compradores em mercados menos óbvios – quem diria que países do Oriente Médio e Sudeste Asiático poderiam compensar eventuais perdas?

Não vai ser um mar de rosas, claro. Alguns cortes específicos podem sofrer mais, principalmente aqueles que os americanos consomem em grande quantidade. Mas no geral, a conta não fecha para um desastre – no máximo um susto passageiro.

E os pequenos produtores?

Aí a história muda de figura. Enquanto os grandes frigoríficos têm músculo para aguentar o tranco, os pequenos podem sentir o baque com mais força. Sem a mesma estrutura de exportação e menos margem para manobras, alguns podem precisar repensar estratégias.

Mas calma lá – nem tudo está perdido. O mercado interno continua aquecido, e com o dólar nas alturas, exportar para outros países pode se tornar ainda mais interessante. É como dizem: quando uma porta se fecha, várias janelas se abrem – desde que você saiba onde procurar.

No final das contas, o que vemos é mais um capítulo da resiliência do agronegócio brasileiro. Parece que a cada crise, o setor encontra um jeito de se reinventar. Será que dessa vez será diferente? Tudo indica que não – pelo menos para os grandes players.