Parece que São Pedro finalmente decidiu dar uma mãozinha aos cafeicultores brasileiros. Setembro chegou com uma generosidade que há muito não se via — e olha que estamos falando de gente acostumada a lidar com as incertezas do tempo.
As chuvas, ah, essas benditas águas de setembro... Caíram no momento exato, como se tivessem marcado consulta no calendário agrícola. Não foram aqueles temporais destrambelhados que arrasam tudo, mas sim precipitações bem-comportadas, daquelas que penetram fundo na terra e fazem as raízes suspirarem de alívio.
O Suspiro Coletivo dos Cafezais
Dá pra sentir no ar uma energia diferente. Os produtores, que andavam com a sobrancelha franzida diante da perspectiva de mais uma temporada difícil, agora exibem um sorriso no rosto. E não é pra menos! O desenvolvimento das lavouras está simplesmente espetacular.
Quem acompanha o mercado há décadas — e eu mesmo já vi algumas safras boas e ruins — afirma que não se via um cenário tão promissor assim há bastante tempo. As plantas estão vigorosas, os grãos se formando com uma qualidade que promete deixar os compradores internacionais de queixo caído.
Números que Animam
Os técnicos andam circulando pelas propriedades com suas pranchetas e, pasmem, os relatórios preliminares indicam que podemos ter uma produção acima das expectativas iniciais. Não é milagre, é trabalho aliado à natureza cooperando.
Mas calma lá, não vamos colocar a carroça na frente dos bois. Ainda há um longo caminho até a colheita, e o clima pode pregar algumas peças — afinal, estamos no Brasil, onde o tempo muda de ideia mais rápido que político em campanha.
O Que Esperar da Próxima Safra?
Se tudo continuar nesse ritmo, teremos café de sobra para abastecer o mercado interno e ainda exportar com qualidade premium. Os preços? Bem, isso é conversa para outro dia, mas o sinal é positivo.
Os especialistas — esses seres que adoram um gráfico e uma projeção — estão revisando suas estimativas para cima. E olha que eles normalmente são mais conservadores que avó cuidando da poupança.
O fato é que setembro nos deu um presente, um daqueles que a gente agradece sem moderação. Resta agora torcer para que os próximos meses mantenham essa sintonia fina com as necessidades dos cafezais.
Enquanto isso, nos armazéns, já se preparam para receber o que promete ser uma colheita memorável. E nos cafés pelo mundo afora, os consumidores nem imaginam a surpresa agradável que os espera na xícara no próximo ano.
