O agronegócio brasileiro se posiciona como protagonista na agenda ambiental global, combinando alta produtividade com preservação de territórios nativos. Esta foi a tese central defendida por representantes do setor durante o programa Mercado, que foi ao ar nesta segunda-feira, 10 de novembro de 2025.
Setor rejeita papel de vilão ambiental
Durante a transmissão ao vivo, o empresário e ex-secretário de agricultura de São Paulo, Gustavo Junqueira, e a ex-ministra da agricultura, Kátia Abreu, apresentaram argumentos consistentes sobre a posição do Brasil no cenário ambiental internacional. Eles defenderam que o país possui legislação ambiental suficiente e segura, e que as críticas internacionais muitas vezes partem de nações que não conseguiram implementar em seus territórios as mesmas práticas conservacionistas.
Gustavo Junqueira, que também é colunista da revista Veja, foi enfático ao afirmar que o agronegócio brasileiro não deve ser enxergado como vilão nem como mero parceiro, mas sim como protagonista na agenda ambiental. "Nenhum outro país produz tanto alimento, energia e fibra preservando tanto território nativo", destacou o empresário durante sua participação no programa.
Números que comprovam a eficiência brasileira
Os dados apresentados por Junqueira revelam uma evolução impressionante do setor nas últimas cinco décadas. A produção agrícola nacional aumentou mais de 400% nos últimos 50 anos, enquanto a área cultivada cresceu apenas 60%. Este avanço extraordinário na produtividade demonstra como o Brasil conseguiu expandir sua produção sem necessariamente expandir na mesma proporção a fronteira agrícola.
Segundo o especialista, esse salto de produtividade foi resultado direto de pesquisas científicas, desenvolvimento tecnológico e ganhos de eficiência produtiva - e não do desmatamento, como frequentemente acusam os críticos internacionais. A combinação entre tecnologia aplicada ao campo e práticas sustentáveis tem sido o diferencial competitivo do agronegócio brasileiro.
Ativo estratégico na transição climática
O debate destacou ainda que o modelo brasileiro de produção agrícola pode se tornar o principal ativo do país na transição climática global. A capacidade de conciliar produção em escala com preservação ambiental coloca o Brasil em posição privilegiada para liderar as discussões sobre segurança alimentar e sustentabilidade.
Os participantes reforçaram que as críticas internacionais frequentemente ignoram os avanços concretos alcançados pelo Brasil na harmonização entre produção agrícola e conservação ambiental. O país tem demonstrado na prática que é possível alimentar o mundo enquanto mantém expressivas áreas de vegetação nativa preservada.
O programa Mercado, que contou com esta discussão fundamental para o futuro do país, é transmitido ao vivo e teve início às 10h desta segunda-feira, oferecendo análises exclusivas sobre o mundo dos negócios e finanças.