Parece que o tomate resolveu entrar numa montanha-russa de preços — e infelizmente estamos todos no mesmo vagão. A verdade é que quem passa pelo setor de hortifruti já sentiu no bolso: o queridinho das saladas brasileiras está dando um salto impressionante nos mercados atacadistas.
E não é pouco, não. Só na última semana, o tomate tipo longa vida — aquele mais comum nas prateleiras — registrou uma valorização de nada menos que 41,7%. Sim, você leu direito: quase metade do preço a mais em apenas sete dias. É daquelas altas que faz a gente repensar o molho do espaguete do domingo.
O que está por trás dessa escalada?
Bom, a história é mais complexa do que parece. O clima — sempre ele — tem sido o grande vilão dessa trama. As condições meteorológicas nas principais regiões produtoras simplesmente não colaboraram. Chuvas onde não devia chover, seca onde precisava de água... parece que o tempo resolveu brincar com a nossa comida.
E tem mais: a oferta simplesmente não conseguiu acompanhar a demanda. É matemática pura — quando tem menos produto nas prateleiras e as pessoas continuam querendo comprar, o preço... bem, você sabe onde vai parar.
Aliás, quem trabalha com isso há anos me disse, meio de brincadeira, meio sério: "O tomate tá mais instável que relacionamento de novela". E olha que não está errado.
E o consumidor final? Como fica?
Ah, essa é a parte que dói. O aumento no atacado sempre, sempre chega até nós — os que pagam a conta no final das contas. Os supermercados já começam a ajustar seus preços, e a feira do bairro... bem, melhor nem perguntar muito.
O que me preocupa — e deve preocupar você também — é que o tomate não é qualquer produto. Ele é base da alimentação brasileira, vai desde o simples café da manhã até o jantar sofisticado. Quando ele sobe, sobe junto:
- O preço do molho para pizza
- O custo daquela salada caprichada
- Até o sanduíche natural do almoço corrido
Parece exagero, mas é efeito dominó puro.
Tem previsão de melhora?
Olha, especialistas do setor estão com as esperanças guardadas no fundo do baú. A expectativa — e tomara que se concretize — é que com a normalização do clima e o aumento da produção nas próximas semanas, os preços possam dar uma trégua.
Mas entre esperar e ver... bem, você conhece o ditado. Enquanto isso, talvez seja hora de redescobrir outros legumes e verduras que estão com preços mais amigáveis. Quem sabe não surge uma nova paixão gastronômica por aí?
O certo é que a lei da oferta e demanda não falha — mas às vezes ela pega pesado com o nosso bolso. E o tomate, coitado, virou o protagonista involuntário desse drama econômico que se desenrola nas gôndolas do Brasil inteiro.
