
Parece que o velho ditado "quando a América espirra, o mundo pega pneumonia" ganhou um novo capítulo aqui no Sul. E dessa vez, o resfriado veio em forma de tarifas — aquelas que ninguém convida, mas sempre aparecem para estragar a festa.
O baque no setor madeireiro
Os Estados Unidos decidiram aumentar as tarifas sobre produtos de madeira brasileira, e adivinha só? O Rio Grande do Sul está na linha de frente. A medida, que entrou em vigor na semana passada, pegou muitos de surpresa — principalmente os pequenos e médios produtores que já estavam com a corda no pescoço.
"É como se você estivesse escalando uma montanha e alguém decidisse jogar pedras", desabafa um empresário do setor que preferiu não se identificar. E não é pra menos: as taxas podem chegar a 35% em alguns casos.
Os números que doem
- Queda estimada de 15% nas exportações no próximo trimestre
- Cerca de 2.500 empregos diretos em risco
- Prejuízos que podem ultrapassar R$ 80 milhões só este ano
E olha que a coisa não para por aí. Com o dólar nas alturas (e a paciência no chão), muitos produtores estão revendo seus planos de expansão. Alguns até pensando em migrar para outros mercados — o que não é exatamente um passeio no parque.
O jogo político por trás das tarifas
Ah, a política... Sempre ela. Especialistas (sim, de propósito) apontam que a medida tem mais a ver com a pressão dos produtores americanos do que com qualquer questão técnica. "É protecionismo puro e simples", dispara um analista do setor.
O governo do RS já anunciou que vai buscar alternativas, mas entre dizer e fazer... Bem, você sabe como é. Enquanto isso, os madeireiros gaúchos precisam se virar nos 30:
- Diversificar mercados (Ásia está na mira)
- Buscar certificações ambientais mais robustas
- Investir em produtos com maior valor agregado
Será que vai dar certo? Bom, isso é outra história. O certo é que o clima por aqui está mais tenso que corda de violino em dia de apresentação.