
O baque veio sem aviso. Na última quarta-feira, o ex-presidente americano Donald Trump — aquele mesmo que adora um tweet polêmico — anunciou um pacote de tarifas que deixou o agronegócio brasileiro de cabelo em pé. E olha que a gente já tá acostumado com os sobressaltos do mercado internacional, né?
O que muda na prática?
Pois é, a coisa é séria. As novas tarifas atingem em cheio produtos como soja, carne bovina e café — justamente aqueles que a gente manda pra fora em quantidade industrial. Segundo especialistas ouvidos pelo G1, os impactos podem ser:
- Aumento de até 15% nos preços para o consumidor americano
- Queda nas exportações brasileiras no curto prazo
- Busca por novos mercados na Ásia e Oriente Médio
Não é brincadeira. O Brasil exportou mais de US$ 100 bilhões em produtos agrícolas no ano passado — e os EUA são nosso terceiro maior comprador. Dá pra entender o desespero dos produtores?
Reação em cadeia
O ministro da Agricultura já marcou reunião de emergência com representantes do setor. Enquanto isso, nas redes sociais, os ruralistas parecem ter pegado um trem-bala da indignação:
"Isso é um tiro no pé da economia global", postou o presidente da Associação Brasileira dos Exportadores de Cereais. Já um pequeno produtor de Minas Gerais resumiu bem: "A gente sempre se vira, mas tá ficando difícil dançar conforme a música."
E não é só aqui que o clima tá pesado. Na bolsa de Chicago — onde se negocia o futuro das commodities — os preços da soja já deram uma leve recuada. Coisa fina, mas que pode virar tempestade.
E agora, José?
Os analistas divergem. Alguns acham que é blefe eleitoral — afinal, Trump tá no meio da campanha. Outros acreditam que o Brasil precisa correr atrás de acordos alternativos, principalmente com a China.
Uma coisa é certa: o governo brasileiro vai ter que botar a mão na massa. Entre reuniões diplomáticas e ajustes na política comercial, o caminho parece longo. E enquanto isso, o produtor rural fica no fogo cruzado — como sempre.
Pra piorar, o dólar já deu uma disparada. Se continuar assim, pode ser que a gente sinta no bolso — tanto quem planta quanto quem compra no mercado.