
Pois é, meus amigos. A coisa ficou séria para os churrasqueiros de plantão do outro lado do hemisfério. Aquele sonho de uma picanha suculenta, dessas que derretem na boca, está prestes a virar um pesadelo para o bolso do norte-americano médio.
O que aconteceu? Bem, a administração Biden resolveu apertar o cerco — e como! — sobre cortes de carne bovina importados do Brasil. A tarifa, que era de uns 2,2%, deu um salto estratosférico para nada menos que 21,7%. Um aumento que não é só um susto, é um verdadeiro balde de água fria para importadores e consumidores finais.
O Grito do Bolso do Consumidor
Imagina a cena: você planeja aquele final de semana perfeito, chama a família, o fogo já está quase pronto… e aí descobre que o principal astro do evento, a peça de carne, simplesmente dobrou de preço. Frustração total, não é?
E não é especulação. A Seção 301 da lei comercial americana — aquela que todo mundo teme — foi invocada, transformando um produto básico em artigo quase de luxo. Os números são assustadores: de uma alíquota quase simbólica para um imposto que beira o proibitivo.
E o Brasil nisso tudo?
Parece um tiro no pé? Talvez. A gente aqui, claro, sente o baque. O Brasil é um gigante das exportações de proteína animal, e os EUA são um cliente e tanto. Qualquer barreira comercial desse tamanho mexe com o nosso jogo, com nossa balança comercial, e, francamente, com o humor dos pecuaristas.
Mas a ironia… ah, a ironia! Enquanto o consumidor americano se prepara para desembolsar muito mais — estamos falando de aumentos que podem chegar a dezenas de dólares por quilograma —, a discussão sobre protecionismo versus livre comércio esquenta mais que a grelha de um churrasco.
É um daqueles momentos em que a política econômica deixa os gabinetes com ar condicionado e vai direto para a mesa de jantar das pessoas. E ninguém, absolutamente ninguém, gosta de levar um susto na hora de pagar a conta.
E agora, José? A tendência, pelo menos no curto prazo, é de ajustes dolorosos. Os importadores vão tentar repassar parte desse custo — uma parte grande, diga-se —, e o consumidor final é quem segura a bomba. Resta saber até quando o apetite por uma picanha top de linha vai aguentar essa pressão toda.
Uma coisa é certa: o preço da carne, que já não era baixo, acabou de ganhar um upgrade e tanto. E não, infelizmente, não é na qualidade.