Agronegócio em Ação: Setor Lança Campanha por Lei que Impulsiona Exportação de Proteínas
Agro lança campanha por lei para exportação de proteínas

Olha só que movimento interessante que tá rolando nos bastidores do poder – e não, não é sobre aquela novela política de sempre. Dessa vez, o agro brasileiro resolveu botar a mão na massa e tá articulando uma pressão danada no Congresso. A meta? Empurrar goela abaixo dos parlamentares um projeto de lei que pode mudar completamente o jogo das exportações.

Não é brincadeira não. A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) – aquela turma que defende os interesses do campo – tá montando uma operação de guerra. Eles querem aprovar uma lei que cria um programa de incentivo fiscal específico para a exportação de… proteínas! Isso mesmo, carnes, grãos, lácteos – tudo que é rico em proteína e que o Brasil produz de monte.

Mas calma aí que a coisa é mais complexa do que parece. A ideia não é simplesmente dar um desconto no imposto e torcer para dar certo. O programa, que já até tem nome – Programa de Incentivo à Exportação de Proteínas (PIEX) –, prevê a devolução de alguns tributos federais para empresas que exportarem mais do que a média dos últimos anos. É uma forma de recompensar quem bate recorde e incentivar quem tá devagar.

Por Que Agora?

Parece que o setor acordou com a corda toda. Depois de ver a concorrência internacional ganhando espaço com subsídios pesados, o agro brasileiro decidiu que chega de ficar de braços cruzados. A sensação é de que estamos deixando dinheiro – e muito – em cima da mesa. E olha, não é exagero não. O potencial de crescimento é brutal, mas sem um empurrzinho governamental, fica difícil competir de igual para igual.

– A gente precisa correr atrás do prejuízo – me disse um representante do setor, que preferiu não se identificar. – Os argentinos, os americanos, todos têm seus mecanismos. O Brasil não pode ficar pra trás.

Os Números que Impressionam

Pensa num setor que carrega o país nas costas. O agronegócio respira e bomba dólares para a nossa economia. Só no ano passado, as exportações do agro bateram na casa dos US$ 160 bilhões. Desse total, a proteína animal – frango, boi, suíno – foi responsável por uma fatia gigantesca, beirando os US$ 30 bilhões. Imagina se com um incentivo a mais esse número dispara?

E não para por aí. Os grãos, principalmente a soja, também entram nessa conta toda. O Brasil é um celeiro do mundo, e negar isso é tapar o sol com a peneira. A proposta do PIEX mira justamente nisso: potencializar ainda mais o que já é nosso carro-chefe.

Os Obstáculos no Caminho

Claro, nada é um mar de rosas. Um projeto desses esbarra em uma porção de questões espinhosas. A primeira delas: de onde vai sair o dinheiro para cobrir a renúncia fiscal? O governo federal já opera no vermelho, e abrir mão de mais receita não é algo que seja feito sem muito debate.

Além disso, tem sempre aquele risco de distorção de mercado. Será que vai beneficiar apenas os grandes players? E os pequenos e médios produtores, como ficam? São perguntas que precisam de resposta antes de qualquer votação.

– É preciso afiar o lápis e calcular muito bem os impactos – comenta um economista que acompanha o setor. – Incentivo é bom, mas tem que ser desenhado para não criar injustiças ou um buraco nas contas públicas.

E Agora, José?

A FPA já marcou reuniões com ministros, líderes partidários e até com a presidência da República. Eles querem colocar o projeto em regime de urgência e acelerar a tramitação. O clima é de otimismo, mas com um pé atrás – afinal, Brasília é terra de imprevistos.

Se der certo, pode ser a injeção de ânimo que o setor precisa para enfrentar os desafios globais. Se der errado… bem, aí é mais uma promessa que fica pra depois.

Uma coisa é certa: o agro não vai ficar quieto. Eles sabem o peso que têm na economia e não vão hesitar em usar isso como moeda de troca. O desfecho dessa história ninguém sabe, mas vai valer a pena acompanhar.