Produtos da Agricultura Familiar do Piauí Conquistam Mercado Internacional com Apoio do Investe Piauí
Agricultura familiar do Piauí ganha mercado internacional

Quem diria que produtos nascidos no calor do sertão piauiense chegariam tão longe? Pois é exatamente isso que está acontecendo, e de forma acelerada. O Investe Piauí, aquele programa do governo estadual que já vinha dando o que falar, agora está fazendo a diferença de verdade na vida dos pequenos produtores.

E não estamos falando de migalhas, não. Só no primeiro semestre deste ano, mais de R$ 1,2 milhão em produtos da agricultura familiar simplesmente cruzaram fronteiras. Mel de abelha, cajuína, rapadura, queijos artesanais – tudo isso saindo das mãos habilidosas de produtores locais e indo parar em lugares como Estados Unidos, países da Europa e até no Oriente Médio.

Do terreiro para o mundo

O que me impressiona, sinceramente, é como essas iniciativas estão transformando realidades que pareciam estagnadas há décadas. Tem produtor que nunca imaginou ver seu trabalho valorizado além da feira da cidade, e agora está exportando. É emocionante, na real.

O programa funciona como uma espécie de ponte – e das boas. Eles não só ajudam os produtores a se adequarem às exigências internacionais (que são muitas, diga-se de passagem), mas também abrem as portas comerciais. É aquela mão na roda que faltava.

  • Capacitação técnica para atingir padrões de qualidade internacionais
  • Apoio na obtenção de certificações necessárias
  • Facilitação do contato direto com compradores estrangeiros
  • Assessoria completa nos trâmites de exportação

E olha, não é só papelada. Tem toda uma mudança de mentalidade acontecendo. Os produtores estão percebendo que seu trabalho tem valor imenso, e que o mundo está disposto a pagar por qualidade e autenticidade.

Impacto que vai além dos números

Quando a gente para pra pensar, o negócio é bem mais profundo do que simplesmente aumentar renda. É sobre dignidade, sobre mostrar que o homem do campo sabe produzir coisas de excelência. É sobre orgulho, no fundo.

O secretário de Estado da Agricultura Familiar, Zé Santana, comentou algo que me pegou: "Estamos construindo um novo olhar sobre o potencial econômico do Piauí". E faz sentido, porque sempre ouvimos falar das dificuldades do Nordeste, mas pouco se fala das soluções que estão dando certo.

O melhor? Essa expansão internacional está acontecendo sem perder a essência. Os produtos mantêm suas características tradicionais, aquilo que os torna únicos. É o oposto da produção em massa – cada item carrega uma história, um pedaço da cultura piauiense.

O futuro já começou

Com mais de 60 acordos comerciais fechados só este ano, a coisa está mesmo aquecida. E tem produtor que já está planejando expandir, contratar mais gente da comunidade... é um ciclo virtuoso que se inicia.

Particularmente, acho que esse modelo poderia servir de exemplo para outros estados. Mostra que é possível, sim, conciliar tradição e modernidade, local e global, pequena escala e grandes negócios.

Enquanto isso, lá no interior do Piauí, tem agricultor familiar que nunca pisou num avião, mas cujo trabalho já está viajando pelo mundo todo. Ironias da globalização, não? Mas das boas, das que aquecem o coração.