
Parece que o barco afunda, mas ninguém quer assumir o leme. O Postalis, fundo de pensão que cuida do dinheiro de milhares de servidores públicos, virou notícia pelos piores motivos — e não, não é exagero dizer que o buraco é mais embaixo.
Os números são de arrepiar: quase R$ 1 bilhão evaporou em aplicações que, convenhamos, pareciam mais roleta russa que estratégia financeira. E o pior? Quem paga o pato é sempre o mesmo — o trabalhador que confiou seu suado dinheiro ao sistema.
Onde foi parar o dinheiro?
Detalhes do relatório da Secretaria de Previdência mostram uma sequência de decisões no mínimo... digamos, curiosas:
- Apostas pesadas em títulos podres de empresas em situação delicada
- Investimentos em setores que qualquer leigo desconfiaria
- Operações que cheiram a conflito de interesses
Não é à toa que os especialistas estão de cabelo em pé. "Quando você vê o nível de risco assumido, fica claro que algo saiu dos trilhos", comenta um economista que prefere não se identificar — e dá pra entender o porquê.
O jogo de empurra-empurra
Enquanto isso, o circo político continua. De um lado, a atual gestão do Postalis joga a culpa nos "ventos contrários" do mercado. Do outro, os críticos apontam para uma gestão temerária que ignorou alertas técnicos.
E no meio dessa briga de egos, sabe quem se ferra? Exatamente: o aposentado que agora vê seu futuro financeiro mais incerto que previsão do tempo em dia de temporal.
O que dizem os números?
Os dados frios — esses não mentem — mostram:
- Queda de 12,5% no patrimônio em apenas um ano
- Prejuízos acumulados que beiram o absurdo
- Rentabilidade que faz poupança parecer investimento de alto risco
Parece piada, mas é trágico. E o que me deixa com a pulga atrás da orelha é: cadê o Ministério Público nessa história toda?
Enquanto isso, os participantes do fundo — muitos já aposentados — ficam no escuro, recebendo comunicados cheios de juridiquês que explicam tudo sem explicar nada. Conveniente, não?