
Pois é, meus amigos, a situação financeira do nosso estado está dando o que falar. O governo de Mato Grosso do Sul acabou de apresentar a proposta orçamentária para o próximo ano, e os números são, digamos, bastante reveladores.
Estamos falando de R$ 19,3 bilhões — parece muito, não é? Mas a verdade é que, quando a gente coloca na ponta do lápis e considera a inflação desses últimos anos, essa é a proposta mais enxuta que vimos na última década. Uma queda de quase 5% em relação ao orçamento atual, que já não era nenhuma maravilha.
Os números que preocupam
O secretário de Governo e Gestão Estratégica, Pedro Caravina, foi o encarregado de apresentar esses dados à Assembleia Legislativa. Ele tentou passar uma imagem de tranquilidade, mas entre as linhas dava para perceber a preocupação.
"É um orçamento realista", disse ele, escolhendo as palavras com cuidado. Mas a pergunta que fica é: realista para quem? Para o governo ou para a população que depende dos serviços públicos?
Onde o aperto vai doer mais
Agora, o que realmente importa: onde é que esse ajuste fiscal vai bater mais forte? Bom, se depender do governo, a ideia é proteger áreas consideradas essenciais:
- Saúde — porque ninguém quer ficar sem atendimento médico
- Educação — afinal, o futuro do estado depende disso
- Segurança — item básico para qualquer cidadão
Mas vamos combinar que, quando o bolo diminui, alguém sempre acaba com a fatia menor. E a história nos ensina que, nessas horas, são os serviços menos visíveis que costumam sofrer primeiro.
O contexto nacional
Não é só aqui no MS que a coisa está feia. O governo federal também está com o pé no freio — a proposta enviada aos estados prevê um crescimento modesto, bem abaixo do que seria necessário para repor as perdas inflacionárias.
Parece aquela história do "um passo para frente e dois para trás". O estado recebe um pouco mais de verba federal, mas quando considera a inflação, na prática está recebendo menos.
E aí, me pergunto: será que essa estratégia de apertar os cintos vai funcionar? Ou vamos ver serviços públicos essenciais definhando ainda mais?
O que esperar do futuro
Agora vem a parte mais complicada. A proposta ainda precisa passar pela Assembleia Legislativa, onde os deputados certamente vão querer fazer seus ajustes. É sempre assim — cada um defendendo seus interesses e suas bases eleitorais.
O secretário garante que o governo vai priorizar o que ele chama de "políticas estruturantes". Soa bonito, mas na prática significa que alguns projetos podem ficar no papel por mais um tempão.
Enquanto isso, nós, cidadãos, ficamos naquele suspense: será que as estradas vão continuar sendo mantidas? E os hospitais? As escolas? Perguntas que, por enquanto, ficam sem resposta.
Uma coisa é certa: o ano que vem promete ser de vacas magras para as finanças públicas sul-mato-grossenses. Resta saber se a gestão vai ser criativa o suficiente para fazer mais com menos — ou se vamos todos sentir no bolso e no dia a dia os efeitos desse aperto.