Francisco Alexandre assume comando da Sudene: o que muda para o Nordeste?
Novo superintendente da Sudene é anunciado

Eis que o Nordeste ganha um novo capitão para comandar o navio do desenvolvimento. Francisco Alexandre, nome que até ontem circulava apenas nos corredores de Brasília, foi oficialmente anunciado como o novo superintendente da Sudene.

Não foi sem surpresa — a escolha pegou até os mais antenados na política regional de calças curtas. O cara chega com um currículo que mistura técnica e pulso firme, algo que o Nordeste tanto precisa quanto um sertanejo precisa de chuva em agosto.

Quem é o novo "chefão" da Sudene?

Formado em administração pública com especializações que dariam um livro, Francisco não é nenhum novato na área. Já rodou meio mundo (ou melhor, meio Brasil) em cargos estratégicos. O último? Uma diretoria no BNDES que fez barulho — do bom tipo.

"Tem cara de quem não vai ficar só no discurso", comentou um secretário estadual que preferiu não se identificar. E olha que esses caras normalmente são experts em detectar promessas vazias.

O que esperar da nova gestão?

Os primeiros sinais já indicam mudanças:

  • Foco em projetos de infraestrutura que "conversem" com a realidade local
  • Parcerias com o setor privado que não sejam só no papel
  • Uma equipe técnica com menos políticos e mais especialistas

Mas calma lá — não espere milagres do dia para a noite. A Sudene, como qualquer órgão público, tem seus nós burocráticos que nem o mais habilidoso marinheiro desata rápido.

Num tom mais informal, um assessor do ministério brincou: "Ele vai precisar de mais paciência que Jó e mais energia que uma usina eólica da Bahia". E não é que tem razão?

Os desafios que não esperam

Enquanto a posse oficial acontece — marcada para setembro —, a região continua com seus velhos conhecidos:

  1. Desigualdade que teima em não diminuir
  2. Investimentos que às vezes parecem miragem no sertão
  3. E aquela sensação de que o Nordeste merece mais do que recebe

Francisco Alexandre chega num momento delicado, com o governo federal apertando o cinto e os estados nordestinos cobrando ações concretas. Vai ser como equilibrar numa corda bamba — sem rede de proteção.

Uma coisa é certa: os olhos do Nordeste (e do resto do país) estarão voltados para Recife, onde a Sudene tem sua sede. Será que dessa vez o desenvolvimento regional vai sair do papel? Só o tempo — e as ações do novo superintendente — dirão.