MP recomenda exoneração em Baependi: Secretário de Saúde e coordenadora do PSF acusados de nepotismo
MP recomenda exoneração por nepotismo em Baependi

O Ministério Público de Minas Gerais deu um puxão de orelha e tanto na administração de Baependi. E não foi por pouco: o MP recomendou a exoneração do secretário municipal de Saúde e da coordenadora do Programa Saúde da Família (PSF) — tudo por conta de um esquema de nepotismo que, convenhamos, já virou moda em certos cantos do poder público.

Segundo as investigações — que parecem ter pegado alguns de surpresa, como sempre acontece —, os dois estariam envolvidos em contratações irregulares. Traduzindo: colocaram parentes em cargos públicos sem a menor cerimônia. E olha que a lei é clara como água de coco sobre isso.

O que diz o MP?

O documento do Ministério Público não deixa dúvidas: há indícios mais do que suficientes de que o secretário e a coordenadora agiram de má-fé. "A nomeação de pessoas ligadas por parentesco configura desvio de finalidade", diz um trecho. Em outras palavras, virou um negócio de "quem indica" dentro da própria família.

Detalhe curioso: o MP não só pediu a exoneração dos envolvidos, como também recomendou que a prefeitura adote medidas para evitar novos casos. Algo que, em teoria, já deveria ser padrão, não é mesmo?

Repercussão na cidade

Em Baependi, o caso tá dando o que falar. Nas filas do posto de saúde e nas calçadas da praça central, o assunto não sai da boca do povo. "Isso é uma vergonha", soltou uma moradora que preferiu não se identificar. "Enquanto a gente sofre com falta de remédio, tem gente brincando de empregar parente."

Outros, mais céticos, apenas suspiraram. "Tá ruim, mas pior seria se fosse só aqui", comentou um senhor de chapéu de palha, entre um gole de café e outro.

E agora?

A prefeitura tem 15 dias para se manifestar sobre as recomendações. Se decidir ignorar o MP, pode acabar numa enrascada judicial das grandes. Já os acusados — bem, esses podem ter que explicar muita coisa nos próximos tempos.

Enquanto isso, a população fica naquele misto de esperança e desconfiança. Afinal, quantos casos como esse já não viraram pó debaixo do tapete? Só o tempo — e talvez uma fiscalização mais dura — vai dizer.