
Parece que o governo federal resolveu puxar o freio de mão em um assunto que promovia arrepios nos cofres públicos. A solicitação feita pela ONU – pasmem – para que o Brasil bancasse a hospedagem de luxo de seus delegados durante a COP30, em Belém, foi categoricamente recusada. Não deu outra.
O imbróglio veio à tona através de um memorando interno do Itamaraty, que vazou com uma velocidade impressionante. Nele, ficou claro que a equipe econômica do Planalto torceu o nariz para a ideia. Afinal, subsidiar diárias de hotel cinco estrelas com dinheiro do contribuinte? Nem pensar.
O Cerne da Questão: Quem Paga a Conta?
A discussão, no fundo, é antiga e cheira a déjà vu. Toda vez que um evento internacional desse calibre rola no país, a mesma dança acontece. A organização pede, o governo hesita, e no final… bem, a gente já sabe como termina. Dessa vez, porém, a resposta foi um “não” redondo, quase sem margem para negociação.
O que mais chamou atenção foi o tom do memorando. Seco. Direto. Algo como: “não temos previsão orçamentária para esse tipo de despesa”. Traduzindo: o orçamento está mais apertado que calça jeans depois do Natal, e prioridades são prioridades.
E Agora, José?
Sem a ajuda federal, a pergunta que fica é: como a ONU vai resolver essa questão? Será que os delegados terão que abrir mão do conforto luxuoso e partir para opções mais… digamos… econômicas? Ou será que o governo local, do Pará, vai entrar com algum tipo de auxílio?
O silêncio, por enquanto, é quase ensurdecedor. De ambos os lados.
Uma coisa é certa: a decisão joga um holofote enorme sobre a complexa relação entre custo, benefício e imagem internacional. Prometer uma conferência climática de peso é uma coisa. Pagar a conta dos quartos de hotel é outra completamente diferente.
E você, o que acha? O governo fez certo em cortar esse gasto ou isso pode custar caro diplomaticamente? A discussão está apenas começando.