Tragédia no Rio Negro: Jovem de 18 anos perde a vida durante travessia em Manaus
Jovem morre ao cair no Rio Negro durante travessia

O Rio Negro, com suas águas escuras que refletem o céu amazônico, testemunhou mais uma tragédia neste domingo que deixou uma família de luto. Parece que foi ontem — mas já se vão horas que parecem eternidade — quando Raissa Gabriely, uma jovem de apenas 18 anos com a vida toda pela frente, embarcou para uma simples travessia que se transformaria em pesadelo.

Por volta das 15h30, horário em que o sol ainda castigava forte sobre Manaus, o barco onde ela estava fazia o trajeto entre a Comunidade São João e o bairro Colônia Antônio Aleixo. Quem poderia imaginar que um momento de distração — desses que acontecem com qualquer um de nós — resultaria em algo tão definitivo?

O momento do acidente

Testemunhas contam que tudo aconteceu rápido demais. Um movimento brusco, o equilíbrio que falhou, e Raissa caiu nas águas escuras do rio. O coração parece parar só de pensar. Os outros passageiros, em pânico, gritaram por ajuda imediatamente. Mas as correntezas, traiçoeiras como costumam ser nesse trecho, levaram a jovem para longe do barco num piscar de olhos.

O Corpo de Bombeiros foi acionado na hora — e digo mais, chegaram rápido, em cerca de 20 minutos. Mas às vezes, infelizmente, rápido não é rápido o suficiente. Mergulhadores entraram na água, procurando desesperadamente por qualquer sinal da jovem. A família, na margem, vivia aqueles minutos intermináveis que ninguém deveria experimentar.

O resgate e a dolorosa constatação

Quando finalmente a encontraram, já era tarde demais. Por volta das 16h20, Raissa foi retirada das águas sem vida. Uma cena que corta a alma de qualquer um — e me pergunto, não pela primeira vez, por que essas coisas acontecem justamente com quem tem tanto pela frente?

O corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML), onde aguarda liberação para os familiares. Enquanto isso, a Delegacia Especializada em Homicídios e Proteção à Pessoa (DEHPP) já abriu inquérito para investigar as circunstâncias exatas do acidente. Quero acreditar que vão apurar tudo nos mínimos detalhes — afinal, uma vida perdida merece pelo menos isso.

Um alerta necessário

Essa tragédia me faz refletir sobre algo que talvez a gente esqueça no dia a dia: a segurança nas travessias fluviais. Moramos numa região cortada por rios, dependemos deles para nos locomover — mas será que damos a devida atenção aos riscos?

  • Equipamentos de segurança muitas vezes deixados de lado
  • Embarcações superlotadas — coisa que todo mundo já viu por aí
  • E a falsa sensação de segurança que temos em águas calmas

Raissa Gabriely tinha planos, sonhos, um futuro inteiro pela frente. Hoje, restam apenas as lembranças e a dor de uma família que perdeu uma filha, uma irmã, uma amiga. O Rio Negro, que já viu tantas histórias, agora carrega mais uma marca de tristeza.

E a gente fica aqui, pensando na fragilidade da vida e na importância de valorizar cada momento — porque, no fim das contas, nunca sabemos qual travessia será a última.