
Pois é, meus amigos. A cidade está falando disso nos bares, nas padarias, nos grupos de WhatsApp. O Horto Florestal, aquele cantinho verde que a gente tanto gosta, vai passar para as mãos da iniciativa privada. A Câmara Municipal aprovou a concessão na quarta-feira, e olha... a coisa não foi nada tranquila.
Imagine só: 35 anos! É tempo pra caramba. Quase uma vida inteira. O projeto foi aprovado com 14 votos a favor e 7 contra, depois de uma discussão que esquentou bastante. Parecia até jogo de futebol com aquela tensão no ar.
O Que Realmente Vai Mudar?
Bom, vamos ao que interessa. A empresa que ganhar a licitação — e olha que tem gente de olho nisso — vai assumir a administração completa do parque. E não é só cortar grama e vender pipoca, não. Ela vai ter que colocar a mão no bolso para melhorias significativas.
Estamos falando de:
- Reforma total daquele lago que todo mundo adora
- Modernização dos banheiros (finalmente!)
- Criação de novos espaços de convivência
- Implementação de segurança 24 horas
- E até um restaurante com vista privilegiada
Mas calma lá, nem tudo são flores. A entrada, que sempre foi gratuita, agora vai cobrar ingresso. Os valores? Ainda não sabemos, mas prometem que será acessível. Será?
Os Dois Lados da Moeda
Do lado do governo municipal, a prefeitura praticamente joga a toalha. Eles alegam que não têm mais condições de bancar a manutenção do parque sozinhos. "É pesado demais para os cofres públicos", dizem. A iniciativa privada entraria como uma salvação, trazendo eficiência e investimentos que a prefeitura não consegue oferecer.
Mas do outro lado... ah, do outro lado a coisa fica complicada. Muita gente está com o pé atrás. Vereadores da oposição praticamente entraram em guerra. "Estamos privatizando um patrimônio público", alertam. O medo é que o parque vire um negócio puramente comercial, perdendo sua essência de espaço democrático.
E os frequentadores assíduos? Esses estão divididos. Tem quem comemore a promessa de melhorias e segurança. E tem quem já esteja de luto, achando que vai perder seu refúgio verde.
E Agora, José?
A verdade é que o Horto nunca foi só um parque. É palco de piqueniques em família, de primeiros encontros, de caminhadas matinais dos aposentados, de crianças correndo livremente. É memória afetiva da cidade.
O processo de licitação começa agora, e a tendência é que a poeira não baixe tão cedo. Vai ter protesto? Provavelmente. Vai ter comemoração? Também. O certo é que São José dos Campos nunca mais será a mesma.
Resta torcer — e cobrar — para que o novo Horto mantenha sua alma, mesmo com nova roupa. Porque no fundo, o que importa mesmo é que ele continue sendo nosso, mesmo nas mãos de outros.