
Eis que o mapa logístico do Centro-Oeste está prestes a ganhar cores mais vivas! Nesta quarta (14), um consórcio formado por gigantes do setor de infraestrutura arrancou suspiros – e o primeiro lugar – no leilão que definirá o futuro das rodovias que escoam boa parte do agronegócio nacional.
Os números que impressionam
R$ 7,26 bilhões. Essa montanha de recursos – sim, dá pra comprar uns 242 milhões de sacas de café com isso – será despejada na modernização de trechos críticos das BRs 060, 163 e 364. Detalhe: quase metade desse valor (R$ 3,5 bi) virá do próprio grupo vencedor, enquanto o restante sairá dos cofres públicos através de contrapartidas.
Pra quem anda nessas estradas diariamente, a notícia chega como água no deserto. "Finalmente!" deve ter pensado mais de um caminhoneiro ao saber que 1.277 quilômetros de asfalto receberão atenção especial. O pacote inclui:
- Alargamento de pistas em pontos estratégicos
- Implantação de terceiras faixas em trechos de serra
- Modernização de 25 pontes que já dão sinais de cansaço
- Nova sinalização inteligente – adeus, placas ilegíveis!
Por que isso é um game-changer?
Quem conhece o vai-e-vem de caminhões carregados de soja e milho nessa região sabe: essas BRs são as artérias que mantêm o coração do agronegócio brasileiro batendo. Só em 2024, os trechos leiloados registraram aumento de 22% no fluxo de veículos pesados – e olha que a malha já operava no limite.
O consórcio (que reúne empresas com histórico em obras de grande porte) promete entregar as primeiras intervenções já em 2026. Mas calma lá – antes que você pense em comemorar com pneu queimado, é bom lembrar: obras desse porte costumam ter seus percalços. Chuvas, burocracias ambientais e até descobertas arqueológicas podem (quem sabe?) aparecer como obstáculos no caminho.
Enquanto isso, nos bastidores, o governo federal comemora. Afinal, atrair investimentos privados para infraestrutura rodoviária tem sido o Santo Graal dos últimos anos. Resta saber se, dessa vez, o copo estará meio cheio ou meio vazio quando os prazos começarem a ser cobrados.