
Eis que Brasília se depara com mais um daqueles mistérios urbanos que deixam todo mundo coçando a cabeça. Alguém, ou algum grupo, resolveu espalhar — pasmem — bolas de concreto pelos estacionamentos da movimentada Rodoviária do Plano Piloto. Sim, você leu certo: bolas. De concreto.
Não, não é uma instalação artística de algum talento anônimo. A coisa é séria e já chegou aos ouvidos da Câmara Legislativa do Distrito Federal. O deputado Wellington Luiz (PL) resolveu meter a colher no caso e propôs a criação de uma comissão parlamentar de inquérito, a famosa CPI, só para desvendar esse enigma.
A situação toda veio à tona depois que a Administração da Rodoviária emitiu um comunicado no último dia 19. Eles confirmaram a presença dos tais objetos, mas foram rápidos em negar qualquer participação na... instalação, digamos assim. "A gente não tem nada a ver com isso", basicamente.
Mas qual é o problema, afinal?
Parece brincadeira, mas o troço tá causando um transtorno danado. Imagina você, motorista, chegando cansado depois de uma viagem e se deparando com uma bola de concreto no meio da sua vaga. É um convite para um acidente — ou para uma baita frustração. E olha, ninguém sabe ao certo quem foi o gênio por trás da ideia ou, o mais importante, qual o motivo.
O deputado Wellington Luiz não está brincando em serviço. Na visão dele, isso aí é mais do que uma simples vandalismo; é uma questão de segurança pública e má utilização do dinheiro que é nosso, contribuinte. Ele quer respostas, e quer logo.
E agora, José?
Enquanto a CPI não é formalmente criada — e isso depende de uma votação entre os outros deputados —, o mistério permanece. A Administração da Rodoviária jura de pés juntos que não foi ela, mas também não apontou nenhum suspeito. Fica aquele silêncio constrangedor.
O fato é que as tais bolas continuam por lá, ocupando espaço e gerando uma imensidão de perguntas sem resposta. Será uma tentativa desastrada de controlar vagas? Uma artimanha para dificultar o estacionamento? Ou apenas alguém com muito tempo livre e acesso a concreto?
Brasília, que já não é nenhuma novata em casos peculiares, aguarda as cenas dos próximos capítulos. Uma coisa é certa: a população merece saber a verdade por trás dessas esferas inexplicáveis.