
Parecia cena de filme apocalíptico, mas era a realidade de milhões de paranaenses naquela segunda-feira. De repente, tudo parou. Sem aviso, sem explicação. Só o escuro.
E o que causou esse caos generalizado? Uma decisão errada durante uma simples manutenção. Sim, você leu direito. Enquanto trabalhava numa linha de transmissão crucial entre Foz do Iguaçu e Cascavel, uma equipe da Copel cometeu um engano que derrubou o sistema inteiro.
O momento exato do colapso
Era por volta das 15h30 quando tudo desabou. Uma manobra mal executada — algo que deveria ser rotina — transformou-se no gatilho do maior apagão dos últimos anos no estado. A rede simplesmente não aguentou.
O estrago foi imediato e avassalador. Imagine: 164 municípios às escuras de uma só vez. Hospitais recorrendo a geradores, semáforos apagados, comércio paralisado. Um verdadeiro caos que se estendeu até o litoral, pegando inclusive Antonina.
As consequências do blecaute
Os números assustam:
- Quase metade do estado ficou sem energia
- Serviços essenciais comprometidos
- Prejuízos incalculáveis para o comércio e indústria
- Mais de três horas de escuridão em algumas regiões
E o pior? Tudo isso porque alguém, em algum lugar, tomou uma decisão errada numa obra de manutenção. Parece inacreditável, mas é a pura verdade que a investigação está revelando.
O que dizem os envolvidos
A Copel, é claro, correu para controlar os danos. A empresa emitiu um comunicado praticamente na hora — reconhecendo o problema, mas sem entrar em detalhes sobre as reais causas. Só depois que a ficha caiu é que a verdade começou a emergir.
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) também entrou na dança, confirmando o óbvio: houve mesmo uma saída de linha naquela região específica. Mas a pergunta que ficou no ar — e que ainda ecoa — é como algo tão simples pôde dar tão errado.
Enquanto isso, nas ruas, a vida tentava seguir entre apagões e restabelecimentos parciais. Uma verdadeira montanha-russa de energia que deixou todo mundo com os nervos à flor da pele.
E agora, o que esperar?
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) já está com os olhos colados no caso. É certo que vai abrir um processo para apurar — com lupa — todos os detalhes dessa falha monumental.
E a população? Bem, essa fica com o gosto amargo da desconfiança. Porque no fim das contas, num mundo tão tecnológico, ainda dependemos do bom senso de quem está lá na ponta, fazendo o serviço.
Resta torcer — e cobrar — para que lições sejam aprendidas. Porque na próxima vez, as consequências podem ser ainda piores. E ninguém quer reviver um susto desses.