
Pois é, a conta chegou. E para mais de 26 mil famílias do Amazonas, ela veio em forma de uma notificação que ninguém gostaria de receber. O governo federal, através da Controladoria-Geral da União, está cobrando a devolução daqueles valores do auxílio emergencial que, segundo eles, foram pagos de forma indevida.
Imagina só a situação: você recebeu aquele dinheiro durante a pandemia, achando que tinha direito, e agora, anos depois, vem um aviso dizendo que tem que devolver. É de gelar o coração.
Os números que assustam
Mais de 26.600 famílias. Esse é o tamanho do problema no estado. A CGU identificou que essas pessoas receberam o benefício sem atender aos critérios necessários. E olha que o valor não é pouco: estamos falando de R$ 1,3 milhão que precisam voltar aos cofres públicos.
O pior? Muitas dessas famílias são de baixa renda. Gente que realmente precisava da ajuda na época. A questão é que, segundo a controladoria, elas não preenchiam todos os requisitos legais.
Como tudo isso aconteceu?
Bom, vamos ser sinceros: na correria da pandemia, muita coisa passou batido. O governo precisava agir rápido, o dinheiro tinha que chegar nas mãos das pessoas. E nesse processo acelerado, alguns erros aconteceram.
Alguns receberam sem ter direito real. Outros podem ter cometido enganos ao se cadastrar. E agora a CGU está fazendo o que chama de "prestação de contas" - revisando tudo com lupa.
E agora, o que fazer?
Quem recebeu a notificação precisa ficar atento. A CGJ-AM (Controladoria Geral de Justiça do Amazonas) está dando 15 dias para as famílias se manifestarem. É pouco tempo, eu sei.
Se você está nessa situação, minha dica é: não ignore a notificação. Procure orientação jurídica. Veja se realmente não tinha direito ou se há como contestar.
O prazo é curto, mas ainda dá tempo de se organizar. O importante é não deixar para a última hora.
É triste ver essa situação. De um lado, a necessidade de fiscalizar o dinheiro público. Do outro, famílias que podem ter usado esse recurso para sobreviver em um dos momentos mais difíceis que o país já enfrentou.
Espero que haja sensibilidade na condução desses casos. Afinal, não estamos falando de números - estamos falando de vidas.