
Quem disse que evento agropecuário é só negócio? A ExpoAcre 2025 provou que também sabe fazer a diferença na vida de quem mais precisa. E olha que diferença — mais de 100 toneladas de alimentos arrecadados durante os dias de feira estão prontinhos para chegar às mãos de instituições sociais por todo o Acre.
Não foi magia, foi trabalho duro mesmo. Visitantes, expositores e organizadores se uniram nessa corrente do bem que — pasmem — superou todas as expectativas. "A gente sempre arrecada, mas esse ano foi diferente", comenta Maria Silva, uma das voluntárias, enquanto organiza as últimas caixas de mantimentos.
O caminho da solidariedade
Desde a primeira semana de agosto, um verdadeiro mutirão vem classificando os donativos:
- Arroz e feijão? Toneladas.
- Açúcar, óleo e farinha? Caixas e mais caixas.
- Itens de higiene? Chegaram em quantidade que surpreendeu até os organizadores mais otimistas.
"Tem instituição que vai receber o equivalente a três meses de suprimentos", revela João Santos, coordenador da ação. Ele, que já viu de tudo nesses anos de trabalho social, não esconde a emoção: "Quando a comunidade abraça a causa, os resultados aparecem — e como!"
Para onde vai tanta comida?
Pois é, tanta generosidade precisa de logística caprichada. A previsão é que até o final desta semana os primeiros caminhões comecem a distribuir os alimentos para:
- Lar dos Idosos São Francisco
- Casa de Apoio à Criança com Câncer
- Comunidades ribeirinhas do Purus
- Projetos sociais na periferia de Rio Branco
E não pense que é só entregar e pronto. Cada instituição receberá de acordo com suas necessidades específicas — um trabalho de formiguinha que faz toda a diferença. "A gente conhece a realidade de cada lugar", explica Ana Paula, assistente social envolvida no projeto.
Enquanto isso, nas cozinhas das entidades beneficiadas, já se planejam os próximos meses. "Com essa doação, vamos poder investir em outras áreas urgentes", comemora Dona Marta, coordenadora de um abrigo infantil. Ela tem razão: quando o básico está garantido, sobra espaço para cuidar do resto.
E assim, o que começou como mais uma edição da tradicional feira agropecuária, transformou-se em lição de cidadania. Prova de que, quando o campo e a cidade se unem, todo mundo sai ganhando — principalmente quem mais precisa.