
Era pra ser um ritual sagrado, mas virou caso de polícia. Um padre — que também é faixa-preta em jiu-jitsu — está no centro de uma tempestade depois que um fiel alega ter apanhado durante um exorcismo. A coisa ficou feia, e agora a diocese está com um pepino nas mãos.
O religioso, que prefere não ser identificado (óbvio), tem uma trajetória curiosa: antes de vestir a batina, colecionava medalhas em campeonatos de artes marciais. E parece que esses instintos voltaram à tona durante o controverso ritual.
"Ele me imobilizou como nos treinos", acusa fiel
O suposto agredido — vamos chamá-lo de Carlos por segurança — descreve a cena com detalhes que dariam um roteiro de filme de terror: "Quando comecei a gritar durante a oração, ele me pegou num mata-leão. Senti o braço dele cortando meu pescoço igual nos campeonatos". A diocese, é claro, nega tudo e fala em "interpretação equivocada de gestos litúrgicos".
Mas aí vem o pulo do gato: testemunhas afirmam que o padre realmente usou técnicas de imobilização durante a sessão. Uma senhora de 62 anos, que pediu anonimato, soltou a pérola: "Nunca vi padre aplicar chave de braço em ninguém, nem nos piores exorcismos da televisão".
Entre a cruz e o tatame
O caso levantou um debate no mínimo peculiar: até onde vai o direito de defesa durante um exorcismo? Alguns paroquianos defendem o padre, alegando que "demônios não jogam limpo". Outros comparam a situação a um round de MMA disfarçado de ritual religioso.
Enquanto a investigação corre — tanto na esfera eclesiástica quanto na policial —, uma coisa é certa: essa história vai dar pano pra manga. E olha que o padre nem precisou usar seu famoso "golpe da cruz" (que, segundo boatos nos dojôs locais, seria sua especialidade).
Resta saber se a justiça dos homens vai ser mais implacável que a divina nesse caso que mistura fé, porrada e muita polêmica. A diocese prometeu se pronunciar em breve — provavelmente depois de consultar não só o direito canônico, mas talvez algum manual de defesa pessoal também.