
Quem diria que uma simples agricultora do interior da Bahia poderia um dia estar a um passo da santidade? Pois é, a vida tem dessas reviravoltas — e a história dessa mulher humilde está prestes a entrar para os registros eclesiásticos.
O processo, diga-se de passagem, não é nada simples. Envolve burocracias divinas e humanas, investigações minuciosas e, claro, a comprovação de pelo menos um milagre. Mas vamos por partes, porque essa jornada é digna de um romance histórico.
Da enxada ao altar: uma trajetória improvável
Nascida no século passado em Feira de Santana, nossa protagonista — cujo nome ainda não foi divulgado oficialmente — viveu uma existência marcada pela fé inabalável e pelo trabalho duro na roça. Contam os mais velhos que ela tinha um jeito especial com as plantas... e com as pessoas.
"Era como se tivesse um pé no céu e outro na terra", relata um morador antigo da região, que preferiu não se identificar. "As orações dela faziam doer o joelho de tanto ajoelhar, mas curavam a alma."
O caminho das pedras (sagradas)
Para chegar à beatificação, a Igreja exige:
- Fama de santidade (e essa nossa agricultora já tinha em vida)
- Comprovação de virtudes heroicas (nada menos que isso)
- Um milagre reconhecido (de preferência documentado e inexplicável pela ciência)
O caso que está sendo analisado envolve a cura inexplicável de uma criança em 2019 — mas os detalhes são guardados a sete chaves pelo Vaticano. Coisa de fazer até médico ateu coçar a cabeça.
Por que isso importa?
Se aprovada, ela será apenas a segunda santa baiana na história — a primeira sendo Santa Dulce dos Pobres, canonizada em 2019. Não é todo dia que o sertão vira celeiro de santidade, não é mesmo?
E tem mais: o processo todo pode levar anos. A Igreja não tem pressa — afinal, a eternidade é longa. Enquanto isso, os devotos já começam a fazer romaria para o túmulo da agricultora, que virou ponto de peregrinação antes mesmo da decisão final.
Restando saber: será que o povo baiano vai ganhar mais um motivo para festejar? Bom, se depender da fé do povo, a resposta é um sonoro "amém".