Um capítulo histórico foi escrito na comunidade judaica brasileira. Pela primeira vez, uma Torá - o texto sagrado do judaísmo - foi completamente transcrita por uma mulher no Brasil. A obra monumental foi concluída pela soferet Rachel Alpert, marcando um avanço significativo na participação feminina nas tradições religiosas judaicas.
Uma conquista que levou anos
Rachel Alpert dedicou seis anos de sua vida a este projeto meticuloso. Cada letra, cada traço dos cinco livros que compõem a Torá foi cuidadosamente escrito à mão, seguindo rigorosamente as tradições milenares que regem a transcrição dos textos sagrados judaicos.
Cerimônia emocionante em São Paulo
A entrega oficial da Torá aconteceu na Congregação Israelita Paulista, localizada no coração de São Paulo. A cerimônia reuniu centenas de pessoas da comunidade judaica e contou com a presença de rabinos e lideranças religiosas que celebraram este momento transformador.
O significado da soferet
O termo soferet designa uma escriba qualificada para transcrever textos sagrados judaicos. Embora a tradição permita que mulheres exerçam esta função, na prática, ainda é uma realidade rara em todo o mundo. A conquista de Rachel Alpert coloca o Brasil no mapa global desta tradição que avança em direção à igualdade de gênero.
Um marco para a inclusão feminina
Este evento representa muito mais do que a conclusão de um texto sagrado. Simboliza a quebra de barreiras históricas e o reconhecimento do papel das mulheres em posições de liderança e autoridade religiosa dentro do judaísmo.
A nova Torá já está sendo utilizada pela comunidade para leituras públicas durante os serviços religiosos, servindo como inspiração para novas gerações de mulheres que desejam participar mais ativamente das tradições judaicas.