Não era apenas mais uma noite qualquer no parque do peão. O ar, pesado e quente, carregava algo além do cheiro de poeira e churrasco — carregava expectativa. E então ele chegou. Frei Gilson, com seu jeito simples e aquela energia que parece iluminar tudo ao redor, adentrou o recinto como quem chega em casa.
O burburinho da multidão, uma massa compacta de pessoas de todos os cantos do país, se transformou em um clamor só. Um misto de alegria e reverência. Ele não é um religioso qualquer; é uma figura que toca o coração das pessoas, e isso ficou claro em cada sorriso, em cada olhar vidrado nele.
Um momento que parou o rodeio
No auge da noite, entre uma apresentação e outra, veio o momento mais aguardado por muitos. Frei Gilson, com um microfone na mão, não fez um sermão formal. Fez algo muito melhor: uma conversa. Uma prosa sincera, cheia de histórias e ensinamentos que ressoaram profundamente na plateia. E, é claro, a benção. Ele ergueu as mãos e abençoou cada alma presente, cada família, cada peão que se preparava para entrar na arena.
Foi instantâneo. Uma paz coletiva. Você podia sentir, era quase tangível. A emoção tomou conta de gente grande, dura na queda, que não se cansa de enfrentar touro bravo, mas que naquele instante se permitiu sentir. Um verdadeiro festival de fé dentro do maior festival de rodeio do Brasil.
Muito mais que um espetáculo
O que torna a Festa do Peão de Barretos única são justamente esses momentos. Não é só sobre montaria, música ou comida típica — é sobre comunidade. É sobre identidade. A presença de uma personalidade como Frei Gilson reforça o elo entre a tradição caipira, sua espiritualidade e a celebração da vida no interior.
Ele circulou pelo local, conversou com o público, tirou fotos e sorriu muito. Muito mesmo. Parecia genuinamente feliz por estar ali, e essa felicidade era contagiosa. Quem estava lá, saiu diferente. Com o coração um pouco mais leve e a certeza de que certos eventos vão muito além do entretenimento: eles alimentam a alma.
Barretos, mais uma vez, provou ser o palco perfeito para histórias que ficarão na memória. E a passagem de Frei Gilson por lá em 2025? Ah, com certeza será uma das mais marcantes.
