
Quem disse que envelhecer é um problema? Sophie Ellis-Bextor, aquela voz inconfundível dos anos 2000, está de volta com um disco que faz do tempo um aliado — e não um vilão. Aos 45 anos, a britânica parece ter descoberto o elixir da juventude: aceitar cada ruga como um troféu.
O novo trabalho, ainda sem título revelado, promete ser um manifesto sonoro contra a tirania da eterna juventude. "Gosto de envelhecer", declarou ela em entrevista recente, com aquele sotaque que parece dançar entre as palavras. E não é pose: a artista transformou o processo natural em combustível criativo.
Do 'Murder on the Dancefloor' para a sabedoria do palco
Lembra daquela música que grudou na sua cabeça em 2001? Pois é, a mesma voz que nos fez dançar até o chão suar agora canta sobre responsabilidades de adulto — mas sem perder o swing. O álbum anterior, 'Hana', já dava pistas dessa transformação, mas agora Sophie mergulhou de cabeça.
"Cada linha no rosto conta uma história", ela filosofa entre um gole de chá e outro. E que histórias! Mãe de cinco filhos, a cantora transformou o caos doméstico em poesia melódica. Quem diria que a rainha do pop eletrônico acabaria compondo entre fraldas e reuniões de PTA?
O segredo? Autenticidade com pitada de glitter
Longe dos estúdios superproduzidos, Sophie optou por algo mais... humano. "Perfeição é chata", soltou numa daquelas risadas que deixam os jornalistas sem graça. E faz sentido: seu novo som tem aquelas imperfeições que só a vida real proporciona.
- Letras que falam de insônia e orgulho maternal
- Batidas que alternam entre o nostálgico e o experimental
- Uma voz que, como vinho, só melhora com o tempo
Numa indústria obcecada por rostos sem história, ela é o contra-ataque perfeito. "Meus fãs envelheceram comigo", observa, como quem conta um segredo entre amigas. E essa cumplicidade transborda nas novas faixas.
Detalhe curioso: enquanto algumas divas disfarçam a idade como crime, Sophie a exibe como medalha. "Quero que minhas músicas soem como eu — nem sempre polida, mas sempre verdadeira." E cá entre nós, no mundo dos autotunes, isso soa quase revolucionário.