
Pois é, meus caros. O mundo do entretenimento brasileiro está pegando fogo — e não é metáfora. O SBT, aquela emissora que a gente cresceu vendo, está metido numa enrascada judicial das grandes. E olha que a história é, no mínimo, curiosa.
Imagine a cena: você liga a TV, sintoniza no Silvio Santos e... cadê o "Thriller"? E a "Single Ladies"? Pois é, sumiram. E não foi por falta de vontade da emissora.
O pulo do gato que deu errado
Aqui vai o busílis da questão — e é mais complicado do que parece. O SBT, esperto que só, decidiu usar um atalho para tocar essas músicas. Em vez de negociar direto com os detentores dos direitos, a emissora fez um acordo com o ECAD, que é tipo o sindicato das músicas no Brasil.
Parecia uma jogada de mestre, não? Só que... deu zebra. E que zebra!
Os caras que realmente mandam na música — no caso, a editora musical que controla os direitos desses artistas — não gostaram nem um pouco. E foram pra cima. Na Justiça, claro.
O que a Justiça decidiu (e está pegando)
O juiz olhou, analisou e basicamente deu um pito no SBT. A decisão foi clara como água: parem tudo! Nada de Michael Jackson, nada de Beyoncé. E olha que são dois dos maiores nomes da música mundial — estamos falando de hits que todo mundo conhece.
O que me deixa pensando: e os programas de auditório? E as atrações musicais? Fica difícil, né?
Agora vem a parte que é um tiro no pé — e não é pouco. A multa por desobedecer a ordem judicial é de R$ 50 mil. Por música! Isso mesmo, cada vez que tocarem uma canção proibida, é cinquenta mil reais no prejuízo. Dá pra comprar um carro popular com essa grana.
E o ECAD nessa história toda?
Aqui é onde a coisa fica interessante — e um tanto quanto contraditória. O SBT pagou direitinho ao ECAD, que por sua vez distribui os royalties. Só que parece que tinha um furo nesse esquema.
Pense assim: você paga o condomínio, mas o síndico não repassa pro dono do apartamento. Algo assim. A Justiça entendeu que o ECAD não tinha autorização específica para licenciar essas músicas em programas de TV. E pronto, o caldo entornou.
Não é ironia? A emissora fez tudo "certo", pagou quem devia pagar, mas mesmo assim se ferrou. O mundo dos direitos autorais é um labirinto — e sem Ariadne para segurar a ponta do novelo.
E agora, José?
O SBT está numa sinuca de bico. Enquanto outras emissoras podem tocar Michael e Beyoncé à vontade (desde que tenham os direitos, claro), o Silvio Santos e sua turma estão com as mãos atadas.
É aquela situação: você até tem o carro, mas não pode sair da garagem. E olha que estamos falando de um acervo musical que vale ouro — Michael Jackson sozinho já é uma mina.
O que me pergunto é: será que não dá pra sentar e conversar? Brigas judiciais assim costumam durar anos — e quem perde somos nós, telespectadores.
Enquanto isso, a programação do SBT segue sem dois dos maiores ícones da música pop. Uma pena, não acham? O Brasil merece mais Beyoncé e Michael Jackson na TV — mas com todos os direitos acertados, claro.