
Parece que o império construído por Sean Combs — ou Diddy, como preferir — acaba de sofrer um abalo sísmico. E não foi pequeno. O que era para ser apenas mais um dia na vida de um dos nomes mais poderosos da música virou, digamos, um pesadelo jurídico de proporções épicas.
Quatro anos atrás das grades. É isso mesmo que você leu. O tribunal federal de Manhattan não teve piedade ao sentenciar o magnata do hip-hop por um episódio violento que, francamente, mais parecia cena de filme policial.
O dia em que as câmeras não mentiram
E pensar que tudo aconteceu num corredor qualquer. Um daqueles lugares que a gente passa sem nem notar, sabe? Só que nesse corredor em particular havia câmeras. E elas capturaram cada movimento, cada gesto, cada segundo da agressão que Diddy cometeu contra um treinador na Universidade da Califórnia.
O vídeo — que circulou feito rastilho de pólvora — mostra o empresário, então com 49 anos, desferindo chutes e golpes contra o profissional. A cena é brutal, difícil de assistir. E mais difícil ainda de explicar, convenhamos.
Uma defesa que não colou
Os advogados de Diddy tentaram de tudo. Alegaram que ele estava sob "extremo estresse" por causa do filme sobre a vida do astro do futebol americano Reggie Bush. Mas o juiz federal não comprou a história. Na sentença, foi claro: "Não há justificativa para violência dessa natureza".
Pior: o magistrado destacou que Combs pegou uma garrafa de água para atacar a vítima. Detalhe sádico que pesou na decisão final.
E sabe o que é mais irônico? O treinador agredido trabalhava justamente com a filha de Diddy. A vida prega dessas peças, não é?
O peso do passado
Não foi a primeira vez que o nome de Sean Combs apareceu associado à violência. Lembram do caso da boate no Bronx? Pois é. O juiz lembrou. E como lembrou.
Naquela ocasião, três pessoas morreram num incidente que manchou permanentemente a imagem do empresário. Agora, com essa nova condenação, fica difícil separar o artista do homem por trás do personagem.
O que me faz pensar: até que ponto o sucesso e o poder corrompem? Pergunta retórica, claro.
E agora, o que esperar?
Quatro anos é tempo. Tempo suficiente para repensar escolhas, para amadurecer, para — quem sabe — se reinventar. Mas também é tempo demais na vida de qualquer pessoa, especialmente de alguém acostumado aos holofotes e ao glamour.
O império Bad Boy, que Diddy construiu com tanto suor e talento, agora enfrenta seu momento mais delicado. E o mundo da música espera, com certa apreensão, para ver como essa história vai desenrolar.
Uma coisa é certa: as câmeras continuarão rodando. Só que agora, do outro lado das grades.