Lembra quando Vale Tudo era sinônimo de audácia televisiva? Pois é, aqueles tempos ficaram pra trás. E como ficaram.
O que era fogo agora parece cinza — e as redes sociais não perdoam. Nos últimos dias, virou piada pronta: o programa que antes ousava agora parece mais um catálogo de marketing disfarçado de conteúdo.
Das reportagens investigativas aos 'casos convenientes'
O que está acontecendo? Bem, digamos que a linha entre jornalismo e publieditorial ficou tão tênue que quase desapareceu. E o público — ah, o público sempre percebe — não deixou barato.
Nas redes, a zoeira corre solta. Memes, ironias, comentários ácidos. De repente, assistir ao programa virou um exercício de "caça ao patrocínio oculto". E pior: todo mundo parece estar nessa brincadeira.
O tombo na credibilidade
Não é segredo que a televisão brasileira enfrenta crises — mas essa talvez seja das piores. Quando o telespectador para de acreditar no que vê, o que sobra?
- Reportagens que mais parecem propagandas
- Entrevistas com "personagens" que claramente pagaram para estar ali
- Um jornalismo que perdeu a coragem de incomodar
E o pior: todo mundo nota. Nas timelines, nos grupos de WhatsApp, nos comentários. A plateia nunca foi tão atenta — e tão cruel.
Quando o público vira o crítico
Talvez o mais interessante nessa história toda seja ver como a audiência se transformou. Antes passiva, agora ativa — e armada até os dentes com ironia.
Os memes que circulam são impiedosos. Mostram com precisão cirúrgica cada momento em que o programa tropeça em seus próprios interesses comerciais. É como assistir a um acidente em câmera lenta — e todo mundo com popcorn na mão.
E sabe o que é mais triste? Que um dia aquela foi uma atração que realmente importava. Que causava. Que mudava conversas. Hoje... bem, hoje muda hashtags.
O futuro de um programa fantasma
Para onde vai um programa que perdeu sua alma? Difícil dizer. Mas uma coisa é certa: nas redes sociais, já virou piada consagrada. E no Brasil, quando algo vira piada, dificilmente volta a ser levado a sério.
Resta saber se alguém na emissora está ouvindo os risos — ou se preferem continuar fingindo que não é com eles.
