
Não era só mais um evento qualquer na agenda cultural de Brasília. O Festival do Prêmio Engenho tomou conta do Museu Nacional da República nesta terça-feira (20) com uma energia que só quem vive o jornalismo sabe descrever. E olha, o clima estava tão bom que até o cenário político conturbado ficou em segundo plano.
Quem chegou lá pelas 14h — horário em que a coisa toda começou a esquentar — viu de perto uma mistura efervescente de veteranos cascudos e calouros cheios de ideias. A organização caprichou nos detalhes, criando um ambiente perfeito para conversas que renderam até altas horas.
Troca de experiências que vale ouro
O que mais chamou atenção, francamente, foi a naturalidade com que os estudantes puxavam conversa com os profissionais já consagrados. Não aquela formalidade chata de eventos corporativos — era papo reto, pergunta incisiva e até descontração. Vi um grupo de alunos da UnB debatendo ética jornalística com um editor de um grande portal como se fossem colegas de redação. Isso não tem preço.
E os workshops? Ah, não foram aquelas palestras monótonas que dão sono. Os facilitadores mergulharam em casos reais, erros e acertos, mostrando a nu como se faz jornalismo de verdade na prática. Teve gente anotando freneticamente no celular, outros gravando áudio — sinal claro que o conteúdo estava valendo cada minuto.
No palco, histórias que inspiram
Quando começaram os depoimentos dos premiados, deu pra sentir arrepio. Não exagero. Um repórter investigativo contando como desvendou um esquema de corrupção com nada mais que persistência e fontes bem trabalhadas. Uma fotógrafa mostrando como captou imagens que correram o mundo com equipamento simples — prova que o olho do profissional faz diferença onde quer que esteja.
E os estudantes? Caramba, apresentaram trabalhos que deixaram muita gente de cabelo em pé. Inovação, ousadia e um cuidado com a apuração que dá esperança para o futuro da imprensa. Sério, alguns projetos acadêmicos tinham mais profundidade que muito conteúdo por aí.
Os momentos mais marcantes:
- O emocionante discurso da veterana que quase desistiu da carreira
- A demonstração ao vivo de fact-checking com casos atuais
- O debate acalorado sobre inteligência artificial no jornalismo
- As conexões que renderam promessas de estágios e mentorias
No final, todo mundo saiu com aquela sensação gostosa de quem renovou as energias para enfrentar os desafios diários da profissão. E olha, num momento onde notícia falsa corre solta, ver o jornalismo sendo celebrado com tanto carinho é, no mínimo, revigorante.
O Prêmio Engenho mostrou que, por mais que a tecnologia avance, o coração do jornalismo continua batendo forte no peito de quem acredita no poder de informar com responsabilidade. E isso, meus amigos, é algo que merece ser comemorado — com champanhe ou café gelado, dependendo do turno!