
Numa tarde que já prometia ser memorável, o cenário cultural brasileiro ganhou um novo capítulo. Milton Hatoum, nome que dispensa apresentações no mundo das letras, acaba de ser eleito para a Academia Brasileira de Letras. E olha que história ele traz na bagagem!
Nascido em Manaus, onde o rio Negro encontra o Solimões (quase uma metáfora para sua escrita que mistura influências), Hatoum construiu uma carreira que é puro suor e talento. Professor universitário antes de se consagrar como escritor, ele sabe como poucos transformar palavras em pontes entre culturas.
Do Amazonas para o mundo
Quem diria que aquele menino da floresta viraria um dos nomes mais respeitados da literatura contemporânea? Seus romances — traduzidos para mais de 15 idiomas — carregam o cheiro da Amazônia, mas falam de temas universais. Amor, perda, identidade... coisas que todo mundo entende, mas que poucos sabem contar como ele.
"Dois Irmãos", talvez sua obra mais conhecida, é daquelas histórias que grudam na gente. Já leu? Se não, está perdendo um pedaço do Brasil que poucos conhecem de verdade.
O reconhecimento que vem em boa hora
Aos 73 anos, Hatoum não precisava provar mais nada. Mas a ABL sabe quando um talento merece ser celebrado. A eleição dele aconteceu num momento interessante — justamente quando o país redescobre o valor de suas raízes multiculturais.
Entre os acadêmicos, dizem que a votação foi tranquila. Quase como se todos soubessem que era hora. "Um escritor que nos faz enxergar o Brasil com novos olhos", comentou um dos membros mais antigos da casa, sem conseguir esconder o entusiasmo.
E agora? Bem, agora é esperar o discurso de posse. Alguém duvida que será algo especial? Com Hatoum, sempre é.