Quem passa pelo Parque da Cidade neste fim de semana encontra algo mais irresistível que o sol do planalto: o cheiro de café fresco torrado na hora. O Coffee Brasília tomou conta do espaço com barracas de produtores artesanais, xícaras fumegantes e até workshops para os verdadeiros coffee addicts.
Não é exagero dizer que o evento virou ponto de encontro. De manhã cedo, já tinha fila no estande da fazenda Chapada Diamantina — cujo grão especial fez um senhor de chapéu de palha declarar: "Isso aqui é ouro líquido, meu rei!". E olha que ele nem sabia que aquele blend levava prêmios internacionais...
Mais que café: experiência
Entre um gole e outro, dá pra:
- Aprender a preparar métodos alternativos (a turma do cold brew fez sucesso)
- Provar doces de pequenos produtores — a geleia de pimenta com queijo minas foi surpresa do dia
- Conhecer histórias de agricultores que trocaram o convencional pelo café especial
E tem até um cantinho instagramável, claro. Uma estrutura de madeira rústica com painel "Eu ♥ Café" já apareceu em 427 stories só hoje. (Será que alguém conta os grãos de fundo?)
De onde vem o sabor
A feira não é só degustação. No palco principal, um barista explicava — entre uma brincadeira e outra — como a altitude do cerrado influencia na acidez da bebida. "Aqui no DF temos microclimas que..." — mas a frase foi interrompida por risos quando ele derrubou um filtro de papel.
Até domingo, espera-se mais de 15 mil visitantes. E tem um detalhe: 80% dos expositores são mulheres à frente de negócios familiares. Dona Maria, de 62 anos, resume: "Antes só plantava, agora vejo gente feliz bebendo meu café. Vale cada ralação."
