
Não era só mais um show. Era algo diferente, palpável no ar úmido de Bonito. Samuel Rosa, aquele mesmo que embalou gerações com o Skank, subiu ao palco com um sorriso que não saiu do rosto nem por um segundo.
E que noite! A plateia – um mar de gente de todas as idades – parecia saber cada palavra, cada acorde. E ele, reconhecendo esse amor, devolvia com uma energia que poucas vezes vi em outros lugares.
Música de graça? Para ele, é essencial
Samuel foi categórico ao defender shows sem cobrança de ingressos. "Isso aqui", gesteiculou para a multidão, "não tem preço. É sobre compartilhar, sobre estar junto." Uma filosofia rara nos dias de hoje, onde tudo virou commodity.
E Bonito? Ah, Bonito parece ter um lugar especial no coração do artista. Ele mesmo confessou, entre uma música e outra, que a energia do lugar é única. "Cantar aqui". fez uma pausa dramática, "é diferente. O público se entrega de verdade, e a gente devolve com a mesma moeda."
Um presente para a cidade
O evento, parte das comemorações de aniversário da cidade, foi mais que um presente – foi uma declaração de amor. A prefeitura local entendeu a missão: trazer cultura de qualidade e acessível para todos.
E o povo correspondeu. Famílias inteiras, jovens, idosos – todos cantando juntos "Resposta" e "Garota Nacional" como se não houvesse amanhã. Um daqueles momentos que restauram a fé na humanidade, sabe?
Rosa ainda brincou com o calor característico da região, dizendo que "o suor é parte do show" e que em Bonito até isso é diferente. O cara tem um carisma que é difícil de ignorar.
No final, ficou claro: shows gratuitos assim não são apenas entretenimento. São um lembrete potente de que a música pode – e deve – ser para todos. E Samuel Rosa, com sua voz inconfundível e sua postura genuína, provou isso mais uma vez.