Sambas do Amapá brilham na disputa da Mangueira para o Carnaval 2026 no Rio
Sambas do Amapá na final da Mangueira para Carnaval 2026

Quem diria que os tambores do extremo norte do Brasil ecoariam tão forte no coração da Sapucaí? Pois é, meus amigos — os sambas-enredo do Amapá estão dando o que falar no concurso da Estação Primeira de Mangueira para o Carnaval 2026.

Dos 15 finalistas anunciados nesta segunda (18), três — pasmem! — nasceram no calor cultural amapaense. Uma verdadeira invasão de ritmos amazônicos que está sacudindo o eixo Rio-São Paulo.

Raízes que conquistam

"É como se a floresta estivesse sambando", brincou um dos jurados, ainda impressionado com a força narrativa das composições. Os temas? Ah, são daqueles que arrepiam:

  • Um enredo sobre os quilombos modernos — misturando resistência e alegria
  • A saga dos ribeirinhos em versos que parecem pintar o rio Amazonas
  • E uma ousada homenagem à tecnologia indígena (sim, você leu certo)

Não é à toa que os compositores locais estão com um sorriso de orelha a orelha. "A gente sempre soube do nosso valor, mas ver isso reconhecido pela Mangueira... é emocionante", confessou um deles, a voz embargada.

O pulo do gato musical

O que faz esses sambas diferentes? Difícil explicar — é como tentar descrever o cheiro da chuva na floresta. Tem:

  1. Uma batida que lembra o marabaixo (ritmo tradicional da região)
  2. Letras que contam histórias como se fossem conversas de varanda
  3. E uma energia que, segundo os técnicos, "puxa o ouvido para dançar"

Não surpreende que os diretores da Mangueira estejam fascinados. "Trazem algo que a gente não encontra no eixo tradicional do samba", admitiu um deles, em off.

E agora?

Os próximos meses serão de ajustes finos — porque sim, até samba perfeito precisa de polimento. Mas uma coisa é certa: o Amapá já venceu ao colocar sua cultura no radar nacional. Resta saber se conseguirá a façanha inédita de ver um de seus sambas desfilando na Marquês de Sapucaí.

Torcemos? Claro que sim! Afinal, o Carnaval é a maior festa da diversidade brasileira — e que bom quando ela mostra todas as suas cores.