
Salvador está prestes a virar o jogo quando o assunto é cultura. A prefeitura acaba de anunciar um programa que promete sacudir a poeira do cenário artístico local — e olha que não é pouco. Chamado de TAKTA, a iniciativa vai injetar recursos e criar mecanismos para que artistas, coletivos e produtores possam respirar novos ares.
Não é só mais um projeto qualquer. A ideia é estruturar políticas públicas de forma orgânica, ouvindo quem realmente entende do riscado: os fazedores de cultura. "A gente sabe que tem muita gente talentosa aqui, mas falta apoio", comentou um gestor envolvido no projeto, que preferiu não se identificar.
O que muda na prática?
Pra começar, três pilares básicos:
- Editais simplificados — menos burocracia pra quem quer criar
- Capacitação profissional — cursos e mentoria pra galera se profissionalizar
- Espaços revitalizados — porque arte precisa de palco, literalmente
E tem mais: o programa prevê parcerias com o setor privado, algo que sempre foi um calcanhar de Aquiles nas políticas culturais da cidade. "Dessa vez parece que acertaram na fórmula", arriscou uma produtora cultural durante o anúncio.
O timing não poderia ser melhor
Com a retomada pós-pandemia ainda engatinhando no setor cultural, a iniciativa chega como um sopro de esperança. Alguns críticos, claro, torcem o nariz — "já vimos isso antes" —, mas a maioria está dando o benefício da dúvida.
Uma coisa é certa: se funcionar como prometido, Salvador pode se tornar um case nacional de como alavancar a cultura local sem perder a identidade. Resta saber se a execução vai acompanhar o discurso. A cidade, afinal, tem fama de ser terra de bons planos e implementações meia-boca.
Enquanto isso, os artistas seguem na expectativa. "Melhor que nada", resumiu um grafiteiro enquanto preparava sua próxima obra em um muro do centro histórico. E ele tem razão — mas torcemos para que seja muito melhor que apenas "nada".