
Parece que finalmente alguém entendeu que festival de música não é só para quem pode pular, dançar e enfrentar aquela multidão sem maiores preocupações. O Rock the Mountain, aquele evento que já nasceu com cara de coisa grande no Rio, tá mostrando que veio mesmo pra fazer diferença.
E olha, não tô falando só da line-up — que sempre é impecável, diga-se de passagem. A grande novidade dessa edição é um pacote de inclusão que, pra ser sincero, deveria ser obrigatório em qualquer evento desse porte.
O que vem por aí?
Pense numa coisa bem pensada. Eles criaram um combo completo que inclui:
- Ingresso especial com preço acessível — porque deficiência não deveria ser sinônimo de gastos extras
- Transporte adaptado saindo do Rio — acabou o perrengue de chegar até o camarote acessível
- Área VIP com vista privilegiada — e com toda a estrutura necessária, claro
- Companhia de um acompanhante — que também ganha desconto, algo raro por aí
Não é à toa que a produção tá se gabando de ser "o festival mais acessível do Brasil". E sabe o que é mais legal? Eles não pararam nas questões físicas.
Para além da estrutura
Ah, mas tem mais! A língua de sinais vai ter espaço garantido nos palcos — intérpretes de LIBRAS vão ficar bem visíveis durante os shows. E não é só isso: audiodescrição e material em braile também fazem parte do pacote.
Parece óbvio, né? Mas quantos eventos você já vou que realmente se preocupam com isso? Pois é.
O pessoal da produção mandou bem nessa. Eles entenderam que inclusão não é fazer favor — é criar condições pra que todo mundo possa curtir a música do mesmo jeito. Sem essa de "ah, mas é complicado" ou "na próxima a gente vê".
Um novo padrão
O que me impressiona — e muito — é que eles tão estabelecendo um novo patamar. Daqueles que faz a gente olhar pros outros festivais e pensar: "poxa, por que vocês ainda não fazem isso?"
E o melhor: tão fazendo sem alarde exagerado, sem aquele marketing vazio que a gente conhece bem. É prático, é real, é coisa que funciona.
Será que finalmente chegou a hora dos eventos grandes entenderem que acessibilidade não é custo extra, mas investimento em gente? Tomara que sim. Porque no fim das contas, música é pra todos — ou deveria ser.
O Rock the Mountain acontece em novembro, mas as inscrições pro pacote de inclusão já tão rolando. E olha, se depender da procura — que tá alta, pelo que ouvi — essa iniciativa vai fazer escola. E que faça!