
Não foi só a polpa roxa que correu solta na noite de sábado. O que se viu em Rio Branco foi uma verdadeira maré humana, movida a muito carimbó e, claro, ouro roxo da Amazônia. A Prefeitura, pasma, divulgou o número: quase 40 mil almas aglomeradas num só lugar, celebrando o fruto mais emblemático da região.
Pensa numa energia! O clima—meu Deus—o clima era de uma euforia contagiante. Parecia que a cidade inteira tinha combinado de extravasar todas as tensões da semana de uma vez só. E olha, não é exagero dizer que o samba no escuro—com aquele céu estrelado do Acre—foi quase uma experiência espiritual para muita gente.
Mais que evento, um fenômeno social
O festival, convenhamos, já ultrapassou há tempos a barreira do "evento gastronômico". Tornou-se um termômetro social da capital acreana. É onde a cidade para, respira e se reconecta com suas raízes—e, francamente, com sua própria alegria de viver.
E a estrutura? Impecável. Segurança reforçada, banheiros suficientes (algo raro em eventos desse porte, né?) e uma organização de dar inveja a muitos estados por aí. Dá orgulho, vou te contar.
O legado que fica
Para além dos números—que são impressionantes, não me levem a mal—o que realmente marca é o sentimento de comunidade. Ver famílias inteiras, crianças, idosos, todos misturados, sem pressa… isso sim é o verdadeiro sucesso.
Resta uma pergunta no ar: no ano que vem, como superar isso? Será que a estrutura aguenta mais? São dilemas bons, pelo menos. Problemas de popularidade, como dizem por aí.
Uma coisa é certa: o açaí, mais do que nunca, provou ser o verdadeiro rei das noites acreanas. E Rio Branco, sua corte indisputável.