Pablo Se Emociona Até as Lágrimas no Palco: O Fechamento Épico do Festival de Inverno da Bahia
Pablo chora ao encerrar Festival de Inverno da Bahia

Quem estava lá na noite deste domingo, 24 de agosto, no Campo Grande, em Salvador, vai carregar a memória por um bom tempo. O clima era de despedida, mas também de celebração—daquelas que aquecem a alma. Pablo, subindo ao palco para fechar o Festival de Inverno da Bahia, não era apenas mais um nome na programação. Era o coração da festa batendo forte.

E que coração. Mal começou a tocar os primeiros acordes e já dava pra sentir que a noite seria diferente. A voz dele, sabe? Daquelas que não só chegam aos ouvidos, mas ecoam direto no peito. O público, um mar de gente, correspondia com uma energia que só a Bahia sabe oferecer.

Mas foi no final, claro. Sempre é no final que a coisa pega. Ao anunciar a última música, um silêncio respeitoso—raro em eventos grandiosos—tomou conta da multidão. E então, veio a avalanche sentimental. Os olhos do artista se encheram d'água, a voz embargou, e por um instante, só se ouviu a emoção crua. Ele tentou disfarçar, olhou pro céu, sorriu meio sem graça—aquele sorriso triste e grato de quem não quer chorar mas não consegue evitar.

Não era tristeza, longe disso. Era cansaço, sim, de uma turnê intensa. Mas era, principalmente, gratidão. Gratidão por estar naquela cidade, naquele estado que abraça a cultura como ninguém. Gratidão por cada palma, cada grito, cada celular iluminado que parecia uma constelação no escuro.

O festival, que rolou de 21 a 24 de agosto, botou Salvador no centro do universo musical mais uma vez. E ter Pablo como atração principal não foi por acaso. O cara é a personificação da música que mexe, que transforma, que cria laços. A plateia cantou junto, palavra por palavra, como um coral perfeitamente ensaiado—mas totalmente espontâneo.

Quando a última nota se dissipou no ar noturno, o abraço foi coletivo. Artista e público, um agradecendo ao outro, numa simbiose rara de se ver hoje em dia. Pablo deixou o palco devagar, como quem não quer ir embora. E Salvador ficou ali, ainda ecoando a música, certa de que alguns momentos são simplesmente… mágicos.