
E não é que o cara simplesmente arrasou? Matuê, o fenômeno do trap nacional, transformou a noite de sábado em Salvador numa verdadeira celebração sonora. O público—ah, o público—parecia não ter fim, uma maré humana que pulsava em uníssono com cada batida.
Quem estava lá garante: foi um daqueles shows que ficam na memória. O artista, dono de um carisma que transpira autenticidade, não poupou esforços. Do clássico "Anos Luz" aos sucessos mais recentes, cada música era recebida com gritos de reconhecimento instantâneo.
Um Setlist Impecável e Surpresas
Matuê, sabendo bem o que faz, misturou os hits que todos conhecem de cor com algumas joias menos óbvias—uma gentileza para os fãs mais antigos. A produção visual? Impecável. Luzes que cortavam a escuridão, sincronizadas com as batidas pesadas, criando quase uma entidade própria no palco.
E as performances… Meu Deus. O artista não apenas canta; ele performa, ele vive cada verso. Uma energia contagiante que se espalhou como fogo em palha seca pela multidão.
O Público: O Verdadeiro Astro
É impossível falar desse show sem mencionar o papel crucial do público. Milhares de vozes cantando cada palavra, cada verso, como um coral bem ensaiado—mas com muito mais emoção e suor. A conexão era palpável, quase física. Matuê, no palco, parecia alimentar-se dessa energia, devolvendo-a em performance.
E não foram só os jovens não. Tinha gente de todo tipo—prova de que boa música não tem idade, não tem classe, não tem género. Uniu todos ali, naquele momento, sob o céu baiano.
O Festival de Inverno da Bahia acertou em cheio ao trazê-lo. Num país onde o trap muitas vezes é undervalued, ver um artista como Matuê encabeçar um evento deste calibre é… revigorante. Dá esperança. Mostra que a cena nacional está mais viva do que nunca, pulsando forte e inovando a cada batida.
Quem perdeu, sinto muito. Mas fica o consolo: com uma carreira em ascensão tão meteórica, é certeza que ele voltará—e, provavelmente, em arena ainda maior.