
Não era só mais uma noite qualquer no Parque do Peão. O ar, pesado e quente, carregava uma expectativa que só quem já viveu um grande evento sertanejo conhece. E, caramba, Hugo & Guilherme não só atenderam às expectativas como as explodiram em mil pedacinhos.
Logo de cara, a dupla entrou com tudo. Nada daqueles rodeios chatos – foi direto ao ponto, com um setlist que parecia uma coletânea das melhores festas dos últimos anos. A galeria, um mar de gente que parecia não ter fim, reagiu na mesma moeda. Pularam, cantaram, gritaram cada música como se fosse a última.
E o que dizer do visual? Eles mantiveram aquele estilo que todo mundo adora: camisa xadrez, calça jeans e botas. Simples, direto, sem firulas. Parecia que tinham acabado de sair de um rodeio interiorano e ido direto para o palco. Essa autenticidade, francamente, é uma das coisas que mais conquista a fã.
O Momento que Ninguém Esqueceu
Mas a noite tinha um momento especial guardado. Algo que todo mundo esperava, mas que nem por isso foi menos impactante. No meio do show, a música parou. A luz mudou. Um silêncio respeitoso, que é raro numa arena daquelas, tomou conta.
E então começou. As primeiras notas de uma canção que é praticamente um hino hoje em dia. Foi a homenagem à Marília Mendonça. A tela gigante do palco se encheu de imagens da cantora, e a voz da dupla – talvez um pouco embargada, quem pode jurar? – trouxe de volta a lembrança daquela que mudou o sertanejo para sempre.
Olhava-se para os lados e via-se de tudo: gente com os olhos marejados, outros cantando com toda a força da alma, alguns apenas em silêncio, absorvendo aquele instante. Foi poderoso. Foi real. Foi daqueles momentos que justificam o preço do ingresso.
E depois da comoção, a dupla soube como ninguém levantar o astral de novo. Partiu para os sucessos animados, aqueles que todo mundo conhece a letra mesmo sem lembrar que decorou. A arena voltou a ferver, o chão a tremer. Foi uma montanha-russa de emoção, daquelas que a gente agradece por ter vivido.
O recado que Hugo & Guilherme deixaram em Barretos foi claro: o sertanejo está mais vivo do que nunca. E tem dono. Eles não estão ali só para cantar; estão ali para criar memórias. E, pelo visto, conseguiram.