
Não é todo dia que a Serra Gaúcha vira palco de revoluções cinematográficas, mas este ano o Festival de Gramado decidiu chacoalhar as estruturas. E como! Enquanto o drama 'O Último Azul' arrancava lágrimas do público na sessão de abertura, uma mostra paralela — essa sim, pra deixar qualquer um de queixo caído — exibia produções 100% criadas por IA. Coisa de doido, né?
Azul que emociona, tecnologia que desafia
Dirigido por Julia Monteiro (aquela mesma do premiado 'Cicatrizes do Vento'), 'O Último Azul' mergulha na história de um pescador alucinado pela cor do mar. "É sobre perda, memória e... bem, não quero dar spoiler", riu a diretora durante o Q&A, enquanto ajustava o vestido — azul, claro.
Mas o que realmente esquentou os debates nos cafés da Rua Coberta foi a Mostra de Cinema Generativo. Dez curtas-metragens, zero humanos no roteiro. "Parece que alguém digitou 'crie um filme triste sobre um robô poeta' e saiu isso", comentou um crítico, meio desconfiado, meio fascinado.
Público dividido, polêmica garantida
Nas redes sociais, a briga já começou:
- "Isso é o futuro ou o fim da arte?" — @cinemaniaco
- "Meu sobrinho de 5 anos faz desenhos mais originais" — @velhaguarda
- "Cadê o coração por trás dos pixels?" — @amantedaslatas
Já os entusiastas da tecnologia lembraram: "No início, diziam que fotografia não era arte. História se repete?" — @nerd_de_plantão. Bom ponto.
Gramado respira cinema (e um pouco de polêmica)
Além das mostras, o festival — que completa 53 anos — trouxe de volta aquela atmosfera mágica das ruas cheias de astros e aspirantes. De repente, você esbarra num diretor famoso na fila do café ou num ator novato fingindo que não está nervoso. Ah, Gramado!
E pra quem achou que IA seria o único assunto, eis que surge uma discussão sobre orçamento público para cinema regional. "Tá vendo como humanos ainda são necessários?", brincou um produtor, enquanto ajustava o crachá.
O festival segue até dia 24, com sessões lotadas e — vamos combinar — um friozinho que só faz o clima ficar mais cinematográfico. Quem for, não esqueça o casaco. E a mente aberta.