
Belém está prestes a viver algo extraordinário. Enquanto a cidade se prepara para o Círio de Nazaré — aquela que é simplesmente a maior manifestação de fé católica do Norte do Brasil —, dois talentos da música paraense resolveram fazer diferente.
Gaby Laje e Naza se juntaram num projeto que, olha só, mistura a devoção secular com o pulsar das periferias. E o resultado? Bem, é de arrepiar.
Quando a tradição encontra a batida das ruas
Não é todo dia que se vê uma homenagem ao Círio com essa cara. A música que eles criaram — ainda sem título divulgado — traz aquela batida característica dos subúrbios de Belém, mas carregada de uma emoção que só quem conhece a festa de Nossa Senhora de Nazaré consegue entender.
Gaby Laje, com sua voz que parece vir direto das águas do Guamá, explica com uma simplicidade que comove: "A gente quis mostrar nossa fé, mas do nosso jeito". E que jeito! A batida é pesada, o flow é contemporâneo, mas a essência é a mesma dos devotos que arrastam a corda há gerações.
Mais que música, um retrato afetivo
O que me pegou mesmo foi como eles conseguiram capturar a atmosfera única desses dias em Belém. A música não fala só da procissão — ela traz o cheiro das comidas de rua, o suor da multidão, o brilho nos olhos das crianças vendo a Berlinda passar.
Naza, que já mostrou seu talento em outros trabalhos, parece ter encontrado aqui sua veia mais autêntica. "É nossa história, nossa raiz", diz ele, com aquela convicção de quem sabe que está fazendo algo importante.
E olha, timing não poderia ser melhor. A música deve ser lançada justamente no período do Círio 2025, quando a cidade inteira para e respira fé.
O que esperar desse encontro musical
- Batida que vem das quebradas — mas com alma de cirião
- Letras que contam histórias reais — daquelas que todo paraense conhece
- Uma fusão inédita — entre o sagrado e o urbano
- Emoção garantida — principalmente para quem já viveu um Círio
Pra ser sincero, faz tempo que não via um projeto tão conectado com a identidade cultural de Belém. E o mais bonito? Eles não estão tentando modernizar a tradição — estão mostrando que ela já é moderna por si só.
Como um velho cirieiro me disse certa vez: "A fé do povo não tem moldura". Gaby e Naza provam isso com maestria.
Enquanto aguardamos o lançamento, uma coisa é certa: o Círio de 2025 ganhará um hino inesperado — e absolutamente necessário.