
Quem disse que sonhar é perda de tempo? Em Presidente Prudente, um espetáculo teatral está virando essa crença de cabeça para baixo — e deixando o público completamente embasbacado. A peça, que estreou no último final de semana, não é só entretenimento: é quase uma terapia coletiva.
Imagine só. O palco se transforma num território onde tudo é possível. Através de uma narrativa delicada — quase poética —, os atores conduzem a plateia por uma jornada introspectiva. E não é que funciona? Tem gente saindo do teatro com os olhos brilhando, como se tivesse redescoberto algo que estava guardado no fundo da gaveta.
Mais que entretenimento: uma experiência sensorial
O espetáculo vai além do óbvio. Utilizando recursos cênicos inteligentes (e sem exageros tecnológicos), a direção consegue criar atmosferas que conversam diretamente com o emocional do público. As cores, os sons, os silêncios… Tudo parece cuidadosamente costurado para provocar um mix de sensações.
E olha, não é exagero dizer que alguns espectadores se emocionam até as lágrimas. A narrativa mexe com memórias afetivas, com desejos adormecidos, com aquelas fantasias que a gente vai abandonando conforme a vida adulta chega — cheia de contas para pagar e responsabilidades.
O elenco? Simplesmente brilhante
Os atores… ah, os atores! Eles não representam: eles vivem cada personagem de uma maneira tão orgânica que dá até vontade de subir no palco e participar da história. A naturalidade das cenas é impressionante — parece que estamos espiando a vida real de alguém, não uma ficção ensaiada.
E tem um detalhe importante: a peça não oferece respostas prontas. Pelo contrário, ela provoca questionamentos. Incentiva a autoreflexão. Quem sai dali não recebe um manual de "como realizar sonhos", mas sim um convite para resgatar a própria capacidade de imaginar.
Por que isso importa tanto?
Num mundo cada vez mais pragmático — onde tudo precisa ter utilidade prática e retorno mensurável —, dedicar tempo para exercitar a imaginação parece quase um ato revolucionário. A peça lembra que sonhar não é fuga da realidade: é, na verdade, uma ferramenta poderosa para transformá-la.
E não é só papo filosófico não. Psicólogos que foram assistir ao espetáculo já comentaram que atividades assim funcionam como verdadeiros combustíveis para a saúde mental. Estimulam a criatividade, reduzem o stress e, pasmem, podem até melhorar a resolução de problemas no dia a dia.
Presidente Prudente, conhecida normalmente por seu agronegócio pujante e universidades renomadas, mostra que também entende de alimentação para a alma. A cidade está abraçando a iniciativa com uma força impressionante — lotando sessões e gerando conversas que continuam nas redes sociais e nos cafés depois do espetáculo.
Talvez seja exatamente isso que precisávamos lembrar: que por trás da rotina acelerada, ainda mora em cada um de nós aquela criança cheia de fantasias. Basta dar uma chance para ela voltar a falar.